Há 20 anos… dia 9 de abril de 1997.
Gilberto Gil.
Para o escriba que todos os dias joga palavras neste “infomar”, mais do que o autor do famoso discurso – aqui destrinchado em texto brilhante do irmão Rodrigo -, foi ele quem teve “coragem de entrar em todas as estruturas e sair de todas.”
Que “caminhadura” linda!
Do menino de braços e sorrisos abertos em “Domingo no Parque” ao sábio senhor de voz baixa e paz de espírito.
Que faz música sobre a própria fragilidade.
Que fala sobre a vida e sobre a morte sem medo, sem ego.
Gilberto Gil é enorme. E estava demorando pra aparecer aqui no efemérides!
Duas décadas atrás, ele lançou o 33º álbum da extraordinária estrada pela música.
Quanta, um disco duplo que tinha na equação “arte + ciência” o fio condutor.
Somente pela inventiva “Pela Internet”, já seria sensacional. Uma ponte com “Pelo Telefone”, o primeiro samba gravado, para falar sobre o fenômeno que se iniciava e ligava o planeta. Visionário e conectado com o mundo, como provara desde o início (“Lunik 9” que o diga).
Mais do que discutir relações entre arte e ciência, “Quanta” mostra que Gil continua exercendo com brilho seu ofício de cientista da arte musical – Carlos Calado, na Folha.
Quanta é um trabalho de Gil, com os méritos habituais de inteligência, inquietação e beleza. É, portanto, imperdível – Mauro Dias, no Estadão.
Tem Milton Nascimento, Arnaldo Antunes, Cartola, Jorge Mautner, Carlos Rennó, Moreno Veloso, Capinan, Chiquinho do Acordeão, entre outras referências e homenagens.
Tudo com a inteligência e o sentimento intuitivo ímpares de Gilberto Gil.
Um ser humano pra ser louvado e reverenciado sempre.
Quanta jogaria Gil em seu habitat natural, o palco. A turnê renderia o fantástico Quanta gente veio ver, lançado em 1998.
Mas essa história fica pra outro dia… Porque todo dia é histórico.
Viva Gilberto Gil!
O disco:
Fontes e +MAIS:
Adorei ❤ ❤