Martin Luther King faz histórico discurso em Igreja de Nova York

Há 50 anos… dia 4 de abril de 1967.

Exatos 365 dias antes de lhe tirarem a vida, um histórico discurso.

Dentro da Igreja Riverside, em Nova York, Martin Luther King desferiu fortes palavras sobre a Guerra do Vietnã, os destinos da América e o próprio caminho do capitalismo. Visceral, questionou valores e até flertou com o radicalismo, colocando em xeque a opção de resistência pela “não-violência”.

Por quase uma hora, Luther King cutuca feridas ainda hoje bem abertas dentro dos Estados Unidos e do mundo, em sermão fortíssimo.

Eis alguns trechos selecionados por este escriba. Fica, porém, a dica para ler e escutar a íntegra do discurso – ver links abaixo:

– Uma nação que continua ano após ano a gastar mais dinheiro em defesa militar do que em programas de elevação social está se aproximando da morte espiritual.

– Estou tão profundamente preocupado com nossas próprias tropas lá como qualquer outra coisa. Pois ocorre-me que o que estamos os submetendo no Vietnã não é simplesmente o processo de brutalização que acontece em qualquer guerra em que os exércitos se enfrentam e buscam destruir. Estamos acrescentando cinismo ao processo de morte, pois eles devem saber, depois de um curto período de tempo, que nenhuma das coisas pelas quais afirmamos estar lutando está realmente envolvida. Em pouco tempo, eles devem saber que seu governo os envolveu em uma luta entre os vietnamitas, e os mais sofisticados certamente percebem que estamos do lado dos ricos, e os seguros, enquanto criamos um inferno para os pobres.

– Estou convencido de que para nos colocarmos do lado certo da revolução mundial, nós, como nação, devemos passar por uma revolução radical de valores. Precisamos agir rapidamente — é preciso urgentemente iniciar a transição de uma sociedade orientada por coisas a uma sociedade orientada por pessoas.

– Quando máquinas e computadores, o imperativo do lucro e os direitos da propriedade são considerados mais importantes do que as pessoas, o grande tripé “racismo, materialismo e militarismo” jamais poderá ser superado.

– Os Estados Unidos da América, a mais rica e poderosa nação do mundo, pode muito bem tomar a dianteira nessa revolução de valores. Não há nada exceto uma trágica pulsão de morte, a nos prevenir de reorganizar nossas prioridades, para que a busca da paz tenha precedência sobre a busca da guerra.

– São tempos revolucionários. Em todo o mundo, os homens estão se revoltando contra os velhos sistemas de exploração e opressão, e das feridas de um mundo frágil estão surgindo novos sistemas de justiça e igualdade. As pessoas sem camisa e descalças da terra estão se erguendo como nunca antes. “O povo que estava sentado nas trevas viu uma grande luz”*. Nós, no Ocidente, devemos apoiar essas revoluções.

(* Isaías 9:2/Mateus 4:16)

Em 4 de abril de 1968, às 18h01min, Martin Luther King foi assassinado por James Earl Ray em Memphis, Tennessee.

Mas essa história fica pra outro dia… Porque todo dia é histórico.

O discurso, na íntegra:

Fontes e +MAIS:

– Wikipedia

– archive.org

– ucc.org

– americanrhetoric.com

– huffingtonpost.com

– unitedforpeace.org

– mcall.com

– blogdaboitempo.com.br

– whosampled.com

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