Há 35 anos… dia 2 de abril de 1982.
Ao assistirem à uma edição bruta de “Pumping Iron”, ainda em meio às negociações pelos direitos do filme, em 1976, Edward Summer e Edward Pressman ficaram plenamente certos de que a busca havia, enfim, terminado. Tinham um protagonista.
Seu nome: Arnold Schwarzenegger, fisiculturista de renome internacional, e que, desde o início dos anos 1970, começava a se arriscar no mundo do cinema.
Ao valor de US$ 250 mil, a dupla selou pré-contrato com o austríaco. Tempos depois, quando, finalmente, a produção começou, com Dino De Laurentiis à frente do projeto, Schwarzenegger foi confirmado como Conan.
James Earl Jones e Sandahl Bergman completaram o trio de personagens principais. Oliver Stone e John Milius assumiram o roteiro, baseado no célebre livro homônimo de Robert E. Howard, com o último liderando ainda a direção.
Para o futuro governador da Califórnia, se iniciava uma jornada de 18 meses de treinamento para o então papel de sua vida. Uma rotina que incluía escalada com corda, cavalgadas e natação, e acabou por garantir uma silhueta mais atlética ao musculoso Senhor Universo – o peso foi de 109 para 95 kg.
As filmagens aconteceram na Espanha, em regiões de montanhas próximas a Madri e Almería. A edição demorou mais de um ano, por causa do corte de várias cenas extremamente violentas.
Aliás, a crítica principal ao filme, à época: violência. Sucesso comercial, com ganhos acima de US$ 9 milhões no primeiro final de semana, “Conan, o Bárbaro” foi linchado por grande parte da crítica especializada.
No Chicago Sun-Times, Roger Ebert o definiu como “uma fantasia perfeita para o alienado pré-adolescente”. Jack Kroll escreveu que as cenas brutas eram “tristes e sem estilo” na Newsweek, enquanto Stu Schreiberg, do San Francisco Chronicle, chegou a contar 50 mortes em uma sequência de cenas.
Hoje, porém, o debute de Schwarzenegger é cultuado e exaltado como clássico absoluto. A ponto, por exemplo, de transformar o remake de 2011, que tem nova interpretação do livro, em estrondoso fiasco de público e crítica.
Vale lembrar, no entanto, que a sequência – “Conan, o Destruidor” (1984) – não teve o mesmo sucesso de bilheteria nos Estados Unidos, apesar de ter equilibrado as contas com o êxito comercial mundo afora.
Mas essa história fica pra outro dia… Porque todo dia é histórico.
Trailer:
Making of:
Fontes e +MAIS:
– IMDb