Há 20 anos… dia 19 de fevereiro de 1997.
Quatro dias depois de Rogério Ceni fazer História em Araras, Denílson fez fila no Morumbi.
Certamente, o mais bonito de seus 26 gols marcados com a camisa tricolor.
“Aos 24min, o meia Denílson partiu do meio-campo, livrou-se de três zagueiros adversários, driblou o goleiro e fez 4 a 1”, relatou João Carlos Assumpção, na Folha de 20 de fevereiro de 1997.
A parada contra o fraco Rio Branco de Americana estava decidida e os 3.619 torcedores já se davam por satisfeitos. Mas o jovem canhoto de 19, que chamara a atenção de Telê quando tinha menos de 17 e já havia conquistado título com o Expressinho – a Copa Conmebol de 1994 -, resolveu dar brilho próprio à goleada.
Denílson dominou a bola de costas, antes da linha do meio-campo.
O primeiro adversário veio, com um carrinho. Ficou estatelado no gramado. (N.R.: como bem observou o amigo e blogueiro Pedro De Luna, o jogador que fica na relva é MINEIRO, que depois brilharia no São Paulo!).
Depois, três defensores abordaram o lépido ponta. Ele passou feito uma locomotiva, deixando dois no meio do caminho.
Somente um acompanhou o são-paulino em direção ao gol e ao goleiro Gustavo.
O bravo zagueiro e o pobre arqueiro pareciam líquidos, tal a facilidade de Denílson em atravessá-los. Corte para direita, toque na bola com o lado de fora da canhota, rede.
Golaço de pelada!
E Denílson partiu pro abraço com Muricy…
Nas tribunas, um representante da Inter de Milão viu tudo, contou Assumpção.
Pelo jeito, a fila não foi suficiente para levar o talento nascido na base do São Paulo para a Itália.
Pouco mais de um ano depois, Denílson se despedia do São Paulo nos braços da torcida, no mesmo Morumbi, dando show em cima do Corinthians, na final do Campeonato Paulista de 1998.
Mas essa história fica pra outro dia… Porque todo dia é histórico.
Denílson fala sobre a fila contra o Rio Branco:
Fontes e +MAIS:
efemérides do éfemello 