Morre Wilson Fittipaldi, o Barão

Há 1 ano… dia 11 de março de 2013.

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Se hoje o Brasil tem três campeões, oito títulos e uma bela história na maior categoria do automobilismo mundial, é por causa dele.

Se é respeitado no mundo pela tradição de bons pilotos em diferentes categorias, é por causa dele.

Se o País atualmente tem uma Confederação e Federações espalhadas de norte a sul, é por causa dele.

Se hoje conta com mais de 10 campeonatos de diferentes categorias, é por causa dele.

Ele, o pai do automobilismo brasileiro.

Wilson Fittipaldi, o Barão.

Não fosse pelo patriarca dos Fittipaldi, certamente o Brasil não teria a história que tem no automobilismo.

Filho de imigrantes italianos, nascido em Santo André em agosto de 1920, se apaixonou pela velocidade logo cedo. Com menos de 20 anos de idade, já narrava as poucas corridas que existiam por aqui, no final da década de 1930.

Foi pelas ondas do rádio, mais especificamente da Panamericana (hoje Jovem Pan), que Wilson Fittipaldi começou a popularizar o automobilismo no Brasil.

Em 1949, se aventurou na Itália para transmitir o GP de Bari por causa do brasileiro Chico Landi, primeiro grande piloto do automobilismo nacional e que tinha vencido a prova em 1948 – voltaria a vencer em 1953. Detalhe: o Barão não sabia se o som tinha chegado ao Brasil! Só ficou sabendo que sim dias depois, quando recebeu um telegrama do outro lado do Atlântico…

Criou provas e corridas para promover o esporte, como as Mil Milhas Brasileiras, nascida em 1956 e inspirada na Mille Miglia italiana. Com as disputas, ajudou no desenvolvimento do autódromo de Interlagos.

Em 1961, fundou a Confederação Brasileira de Automobilismo (CBA).

Não bastassem todos os serviços prestados ao automobilismo do País, Wilson Fittipaldi e a companheira, dona Juzy, cultivaram nos dois filhos, Wilson (1943) e Emerson (1946), a paixão pela velocidade.

Em 1972, o próprio Barão narrou o título do caçula, o primeiro do Brasil na Fórmula 1. Um dos momentos mais emocionantes da história do esporte, sem dúvida (veja e ouça abaixo!). Ainda viu Emerson ser bicampeão, em 1974.

No ano seguinte, o pai orgulhoso viu os rebentos fundarem e gerenciarem a Escuderia Fittipaldi, primeira e única equipe brasileira na história da Fórmula 1, que teve o ápice no GP Brasil de 1978, com o 2º lugar de Emerson em Jacarepaguá.

Em 92 anos de vida, Wilson Fittipaldi fez simplesmente tudo por sua paixão.

Deixou legado inestimável, certamente pouco reverenciado em um País que não louva seus ídolos e esquece sua História.

Veja e ouça o Barão narrando o título de Emerson na Rádio Jovem Pan: 

Fontes:

flaviogomes.warmup.com.br

tazio.uol.com.br

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