Simon & Garfunkel gravam “The Sound of Silence”

Há 50 anos… dia 10 de março de 1964.

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Fevereiro de 1964.

Nos Estados Unidos e no mundo, o assassinato de John Kennedy ainda reverberava.

Incansável, um jovem de 21 anos trabalhava em uma música há quase seis meses. A melodia progredia, mas a letra não. Em 19 de fevereiro, as palavras nasceram. No banheiro, sozinho com seu violão, em silêncio, ele teve uma visão e tudo aconteceu.

“O maior barato de tocar violão era que eu podia me sentar sozinho e brincar e sonhar. E ficava muito feliz ao fazer isso. Costumava ir ao banheiro, por causa dos azulejos, que dão um eco particular ao som. Ligava a torneira para que a água escorresse – um som muito reconfortante pra mim – e eu tocasse. No escuro.”

‘Hello darkness, my old friend / I’ve come to talk with you again’

E assim nasceu “The Sound of Silence”, como conta o “pai da criança”, Paul Simon. Na época um estudante em fim de curso de Letras na Faculdade de Queens, em Nova York, ganhava uns trocados compondo músicas para uma editora, que as distribuía para os artistas dispostos a gravá-las.

Com a nova composição, no entanto, fez diferente.

Mostrou ao velho amigo e parceiro Art Garfunkel no mesmo dia em que terminou de compor. Garfunkel se entusiasmou. Assim, Simon resolveu apresentar ao produtor Tom Wilson, da Columbia Records, mas com a condição de que fosse gravada por uma dupla e não uma banda, como sugeria Wilson.

Os próprios Simon e Garfunkel cantaram “The Sound of Silence” para Wilson e os executivos da gravadora. A performance impressionou tanto o pessoal da Columbia que a dupla saiu de lá com contrato assinado.

Pouco tempo depois, Simon & Garfunkel estavam no estúdio para gravar a música. Em 10 de março de 1964, o violão de Simon soou e o duo cantou o “som do silêncio” lindamente.

Em outubro daquele ano, chegaria às lojas Wednesday Morning, 3 A.M., álbum de estreia da dupla, com “The Sounds of Silence” no lado A (sim, com ‘Sound’ no plural).

O disco não vendeu nada e os amigos se separaram. Simon foi para a Inglaterra e chegou a gravar um disco solo.

Mas esse não seria o fim de Simon & Garfunkel. “The Sound of Silence” salvaria tudo!

Em 15 junho de 1965, após sessão de gravação de “Like a Rolling Stone”, de Bob Dylan, Tom Wilson resolveu pegar os originais da canção de Simon e regravar, com guitarra, baixo, bateria e alguns efeitos.

Antenado com o contexto da época, de Guerra do Vietnã, contracultura e direitos civis, pressentia que podia ser um sucesso. Relançou “The Sounds of Silence” como um single, adicionando no lado B a “contemporânea” “We’ve Got a Groovey Thing Going”, para balancear com o som mais folk do lado A.

Em janeiro de 1966, a nova versão chegava ao primeiro lugar nas paradas americanas.

Simon & Garfunkel voltaram e incluíram “The Sound of Silence” (agora no singular!) no segundo álbum, intitulado The Sounds of Silence, gravado às pressas e lançado no início de 1966, na esteira do sucesso do single.

O resto é história…

E essa história fica pra outro dia… Porque todo dia é histórico.

Ouça a versão original de “The Sound of Silence”:

E a nova versão:

Fontes:

Wikipedia

songfacts.com

5 comentários sobre “Simon & Garfunkel gravam “The Sound of Silence”

  1. The Sound Of Silence é um dos pontos alto da imaculada obra de Simon & Garfunkel. Em tempo: Wednesday Morning, 3 A.M. é meu disco preferido deles.

  2. Essa musica tem 54 anos e parece ser tão atual, nela eu sinto a presença de Deus, essa música faz muito bem a alma.!

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