Há 50 anos… dia 6 de fevereiro de 1967.
“Quando a luta terminou, tudo o que eu queria de Ali era uma revanche”, revela Ernie Terrell, no ótimo documentário “Facing Ali” (“Encarando Ali” – tem no Netflix!).
Como bem definiu Wilson Baldini Jr., ele foi “o homem que mais irritou Muhammad Ali”. E pagou caríssimo por isso!
Cinco décadas atrás, o campeão pela Associação Mundial de Boxe (AMB) tomou uma verdadeira surra de Ali, então detentor do cinturão pelo Conselho Mundial de Boxe (CMB). The Greatest unificou o título dos pesados, e a revanche nunca aconteceu.
E por que Terrell irritou tanto Ali? Simples: por causa do nome.
Eles já se conheciam – como conta o Daily Mail nesta segunda-feira, em lembrança daquele combate (ou massacre!). Chegaram a treinar juntos, viajar juntos, e Terrell até conheceu os pais de Ali, à época ainda Cassius Marcellus Clay. E taí o X da questão…
O campeão da AMB simplesmente não chamava seu temido adversário pelo nome atual, mas, sim, pelo antigo. Imagina o quanto isso não tirou o genioso Ali do sério…!
“Você vai comer suas palavras, letra por letra”, dizia, antes do combate. “Quero torturá-lo. Um nocaute cristalino é muito pouco pra ele”.
Promessa cumprida. E comprida.
Por 15 assaltos, Muhammad Ali desfilou seu variado e pesado repertório sobre o grandalhão. Resiliente e plácido, Terrell suportou tudo, incluindo os berros irados de Ali – “What’s my name? What IS my name!” – e uma dedada no olho!
“Ele esfregou meu olho contra a corda superior no segundo round. Esfregou um olho na corda e colocou o polegar no outro, e pelo resto da luta eu estava vendo dois ou três dele. Sua velocidade não me incomodou e ele não me feriu com o seu soco, mas eu não podia vê-lo”, explicou Terrell, em matéria da época na Sports Illustrated.
Por essas e outras que seu desejo maior era um novo combate contra Ali.
Não deu. Terrell partiu em dezembro de 2014, sem ter enfrentado o maior de todos mais uma vez.
Aquela foi a penúltima luta de Muhammad Ali antes do período de “exílio” dos ringues, por conta da recusa em ir ao exército americano.
Mas essa história fica pra outro dia… Porque todo dia é histórico.
Melhores momentos da luta:
O combate, na íntegra:
Fontes e +MAIS:
– si.com