Há 90 anos… dia 5 de fevereiro de 1927.
“De modo algum, isso não é tão bom quanto os esforços anteriores do Sr. Keaton. Aqui ele é mais o acrobata do que o palhaço…” – New York Times, 8 de fevereiro de 1927.
“Longe de engraçado. Um fiasco” – Variety, 9 de fevereiro de 1927.
“Nem comédia direta tampouco um drama inteiramente emocionante” – Los Angeles Times, 12 de maio de 1927.
Como bem “escreveu” Anton Ego, no simpaticíssimo “Ratatouille” – que, aliás, completa 10 anos em 2017! -, o trabalho de um crítico é, na maioria das vezes, fácil. “Arriscamos muito pouco, e ainda gozamos de uma posição sobre aqueles que oferecem o seu trabalho e a si mesmos ao nosso próprio julgamento”.
Noventa anos atrás, o genial Buster Keaton sofreu nas mãos da crítica cinematográfica. Para ela, a crítica, seu mais novo longa, “The General” (“A General”), história baseada em fatos reais durante a Guerra Civil Americana – e no livro The Great Locomotive Chase, de William Pittenger – simplesmente não prestava.
Ainda bem que o tempo cura todo, como diz o ditado. E que Buster Keaton pôde ter, em vida, o devido reconhecimento por uma obra-prima.
Para Orson Welles, “a maior realização da comédia no cinema, e talvez o maior filme já feito”.
“Um épico da comédia do cinema mudo”, como pontuou Roger Ebert, em 1997.
A crítica do futuro redimiu a crítica do passado – ou daquele presente.
E como pode ser “um fiasco” um filme com essa cena?
Lirismo, poesia, beleza, delicadeza.
Todas as coisas que tanto fazem falta nos dias de hoje…
Bem, nada mais a dizer a não ser: assista!
Abaixo, tem legendado e original. Para saber mais, clique nos links!
E viva o cinema! Viva Buster Keaton!
O filme, na íntegra, legendado:
E em inglês:
Fontes e +MAIS:
– IMDb
Não apenas essa cena, mas simplesmente a queda do trem é sensacional! Conheci a arte de Buster Keaton e me afetou a alma de uma forma que até o tatuei no braço direito. Ele merece todo o reconhecimento!