Há 15 anos… dia 19 de janeiro de 2002.
Ah, os maravilhosos apelidos do futebol de antigamente!
Esse não vai pra conta de Nelson Rodrigues ou Mário Filho.
Foi o mítico locutor paulistano Geraldo José de Almeida o criador do “Peito de Aço” para Edvaldo Izidio Neto, pernambucano de Recife que brilhou em Sport, Vasco, Palmeiras, Atlético de Madrid e, principalmente, na seleção brasileira.
Em 21 jogos com a camisa canarinho, 15 gols.
Nove em duas Copas do Mundo. Repito: 9 em duas Copas do Mundo!
Na Suécia, entrou no time na segunda partida, o empate sem gols com a Inglaterra.
No terceiro jogo, contra os temidos soviéticos, faria parte da linha de ataque inesquecível, histórica e imparável: Garrincha, Pelé, Vavá e Zagallo.
Se o gênio das pernas tortas foi o dono do jogo, colocando os “joões” da URSS pra dançar, Vavá decidiu a parada, anotando os dois gols da celebrada vitória.
O primeiro depois de primoroso passe de Didi, que o centroavante completou com chute no canto esquerdo do lendário Lev Yashin.
Já o segundo lhe rendeu o apelido de Geraldo José de Almeida. Contam André Kfouri e PVC no livro Os 100 melhores jogadores brasileiros de todos os tempos:
“Pelé iniciou a jogada na entrada da área. A bola sobrou à frente de Vavá, um pouco mais longe do que ele gostaria. Ele não teve dúvida: lançou-se num carrinho e dividiu com o zagueiro, que entrou sem dó. A bola foi parar na rede soviética, e Vavá comemorou mancando, por causa de um corte na perna esquerda. Os rasgos, na defesa adversária e na própria perna, inspiraram o apelido que homenageia a raça e a coragem do centroavante que entrou para a história das Copas do Mundo.”
Vavá ficaria de fora do renhido duelo diante de País de Gales, substituído por Mazzola, a quem colocara no banco. Retornaria, ainda machucado, contra a França, na semifinal, para abrir o placar da goleada por 5 a 2, em gol plástico para estufar as redes de Abbes.
Na decisão diante dos suecos, o camisa 20 simplesmente faria os dois da virada, em lances praticamente iguais: Garrincha cruza e Vavá se estica para colocar a bola no fundo do gol de Svensson. Finalizou a campanha do primeiro título mundial do Brasil com 5 gols, um a menos que Pelé.
No bicampeonato no Chile, quatro anos depois, ele foi titular absoluto em todos os 6 jogos. Decisivo em três, justo naquele famoso momento em que a onça bebe água! Nas quartas, 1 gol nos 3 a 1 contra os ingleses. Na semifinal, 4 a 2 diante dos anfitriões chilenos, mais 2 tentos.
Pra completar, mais um gol na final contra os tchecos, o terceiro dos 3 a 1 no estádio Nacional, em Santiago. Com isso, Vavá se tornou o primeiro jogador da história a marcar em duas finais de Copa do Mundo – depois viriam Pelé, Zidane e Breitner.
Posteriormente, já no Atlético de Madrid, ele seria o primeiro atleta em um clube estrangeiro a servir a seleção brasileira.
Este foi Vavá “Peito de Aço”, “atacante destemido de dois Mundiais inesquecíveis”, como escreveria o igualmente inesquecível Armando Nogueira, em coluna-homenagem pela partida do centroavante.
Gols de Vavá em 1958 e 1962:
Especial da TV Cultura pelos 50 anos de Vavá:
Fontes e +MAIS:
– terceirotempo.bol.uol.com.br
Boa tarde, caro NETO.
Muito obrigado pelo comentário.
Você tem esses documentos?
Em todas as fontes, o registro de nascimento de Vavá é Recife.
Agradeço se tiver as provas e enviar aqui no efemérides.
Mais uma vez, obrigado!
Abraço,
Fernando.
Negativo , Vavá Nasceu em Lagos dos Gatos – Pernambuco antigamente era muito comum as pessoas escoderem sua origem . inclusive temos provas documetais