Há 40 anos… dia 16 de novembro de 1976.
“Não é assustador até o final, e então é breve e extremamente aterrorizante”.
A frase retirada da resenha de Richard Eder na edição de 17 de novembro de 1976 resume, e bem, um dos grandes filmes do excelente Brian De Palma.
“Carrie”. Ou “Carrie, a Estranha” aqui no Brasil.
Foi a estreia de Stephen King no cinema. O primeiro livro adaptado para as telonas abriu espaço para o fantástico escritor no universo da sétima arte. E depois viriam muitos, como “O Iluminado”, de 1980.
Mas o papo de hoje é sobre o longa-metragem protagonizado por Sissy Spacek. À época com 25 anos, Sissy faz a tímida, recatada e bonita adolescente de 17 anos, perdida com a própria puberdade e sexualidade, alvo de bullying de colegas e até de professores.
A explicação está em casa: a mãe, Margareth, é uma fanática religiosa, que vê pecado em todo canto. Principalmente, na (pobre) Carrie.
A cena de abertura, o travelling dentro do vestiário feminino, e a dança de Carrie com o galã da escola, Tommy Ross, no baile de formatura, são aulas de cinema por Brian De Palma.
“…De Palma nos dá uma cena maravilhosamente dirigida no baile – onde Carrie, de fato, se revela bela. Há algo de errado, entretanto, e De Palma tem uma maneira eficaz de transmiti-lo: à medida que Carrie e seu par dançam, a câmera se move ao redor deles, romanticamente no início, mas depois muito rápido, como se eles estivessem fora de controle”, escreve Roger Ebert, com maestria, como sempre.
E tudo, de fato, sai do controle.
Filmaço de terror.
Já o recente remake, de 2013, – visto e revisto por este escriba – não chega perto do original. E não é papo de saudosista, não.
Bom, de qualquer forma, essa história fica pra outro dia… Porque todo dia é histórico.
Trailer:
Fontes e +MAIS:
– IMDb