Há 50 anos… dia 14 de novembro de 1966.
“Te cuida, Ali!”, alertava o título da reportagem de Martin Kane na revista Sports Illustrated de 14 de novembro de 1966. Para Kane, o campeão dos pesados era, sim, favorito à vitória no embate daquela noite, no Astrodome, em Houston, no Texas. Mas, segundo o jornalista, era bom ficar esperto com o “Big Cat” de Yoakum.
Corte para o dia de hoje, exatos 50 anos depois.
Todo e qualquer texto referente àquela noite tem, ao menos, duas observações:
1- Foi a primeira vez em que Muhammad Ali “dançou” o famoso “Ali Shuffle”.
2- Foi a melhor luta de The Greatest. Com a palavra, Thomas Hauser, biógrafo da lenda: “O maior Ali de todos os tempos foi o boxeador em Houston contra Williams. Naquela noite, ele foi o lutador em sua mais devastadora versão.”
Na noite em que “bailou” o seu “passinho”, Ali foi monumental. Aos 24 anos, em plena forma, suingou à frente do velho Williams, 11 anos a mais nos músculos, nos braços e nas pernas.
Há uma estatística que sintetiza a superioridade esmagadora do campeão.
Ele disparou 74 golpes, dos quais 47 (62%!) atingiram o pobre Williams. Pobre mesmo. Sabe quantos socos o “Big Cat” deu no campeão? 10. Isso mesmo: 10 golpes em pouco mais de três rounds.
Dá pra entender por que muitos consideram esta A LUTA da vida de Ali…
O campeão levou Williams à lona por quatro vezes! Foram três no segundo assalto: duas muito próximas uma da outra e nas quais houve abertura de contagem pelo juiz Harry Kessler; e a terceira nos estertores do round, com o gongo salvando o desafiante.
A quarta aconteceu com 1min08s do terceiro round. Ainda zonzo, Cleveland Williams foi para o tudo ou nada, partindo pra cima de Ali. Lépido e letal, o campeão aniquilou o adversário com seu Shuffle e uma sequência devastadora de golpes.
Williams beijou o solo de novo, Kessler abriu contagem, mas o insistente desafiante se levantou. Somente para receber mais uma tonelada de golpes. Ato contínuo, o juiz ergueu os braços e terminou a luta. Ou melhor, o massacre!
Em março de 1967, Muhammad Ali faria a última luta antes de ser suspenso por se recusar a servir o exército americano.
Mas essa história fica pra outro dia… Porque todo dia é histórico.
Em tempo: um pouco de história sobre a incrível imagem principal do post, de Neil Leifer, aqui e aqui!
A luta:
Fontes e +MAIS:
– si.com