Há 35 anos… dia 14 de outubro de 1981.
O país ainda vivia sob clima de emoções misturadas: luto, comoção, tensão e alerta.
As manchetes do Estadão e da Folha davam o tom. Nas manchetes principais, destaque para o envio de aviões-radares americanos com o objetivo de sobrevoar e proteger o espaço aéreo da nação das famosas pirâmides.
Tudo muito compreensível.
Oito dias antes, diante dos olhos de todos, o presidente Anwar Sadat fora assassinado. Estava em uma parada militar no Cairo, em lembrança à Guerra do Yom Kippur (1973), quando, subitamente, surgiram quatro homens disparando tiros e granadas contra o palco oficial. Atingido em 5 locais diferentes, Sadat não resistiu e morreu algumas horas depois, em hospital da capital.
No mesmo palco que Sadat estava o protagonista da efeméride de hoje, o vice-presidente Hosni Mubarak. Aliás, ele teve alguns ferimentos no episódio, nenhum grave. Então, 8 dias depois, tornou-se líder máximo do Egito.
Mubarak assumiu o cargo prestando tributos ao antecessor e garantindo que manteria acordos e tratados firmados, em especial o compromisso de paz com Israel, principal motivo do atentado. Além disso, prometeu vingança aos algozes de Sadat.
“Nenhum daqueles que se desviaram para o caminho do crime e da traição escapará ao castigo. A resposta será decisiva e o castigo severo”, garantiu.
Hosni Mubarak foi eleito com 98,46% dos votos, em pleito que teve participação de quase 10 milhões de pessoas (81% do eleitorado).
Em fevereiro de 2011, acabaria atingido pela Primavera Árabe e renunciaria à presidência após quase 30 anos no poder.
Mas essa história fica pra outro dia… Porque todo dia é histórico.
Mubarak fala à imprensa, depois da posse como novo presidente:
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