Há 5 anos… dia 17 de setembro de 2011.
“Certamente, há espaço para outras abordagens. E talvez a indignação encarnada pelo Occupy Wall Street vá encontrar ressonância nas urnas ou na legislação um dia. Por enquanto, porém, sua energia é onde precisamos – nas ruas”, escreveu a revista The Nation, em editorial de outubro de 2011.
Poucas semanas antes, em um sábado, 17 de setembro, o que estava sendo gestado há tempos na internet, em encontros e assembleias, finalmente, se materializou nas ruas de Nova York.
O 1º ato do Occupy Wall Street – Ocupe Wall Street – tomou o Zuccotti Park, no Sul de Manhattan, a poucos quarteirões do centro financeiro mundial, a bolsa de valores de Nova York.
Há 5 anos, nasceu o movimento que deu uma sacudida não somente nos Estados Unidos, mas no mundo. Meia década depois, pode-se dizer que o Occupy Wall Street, de certa forma, realizou a profecia do editorial da The Nation. Se não (ainda) nos EUA, decerto fora dele. Estão aí o Podemos e o MoVimento 5 Estrelas pra comprovar, só pra citar dois exemplos.
O Occupy Wall Street nasceu inspirado nos grupos e nas ondas pela democracia em países como Egito e Tunísia, naquele mesmo ano de 2011. Está lá no site oficial:
“O Occupy Wall Street é um movimento de pessoas empoderadas que começou em 17 de setembro de 2011, na Liberty Square, no distrito financeiro de Manhattan, e se espalhou para mais de 100 cidades nos Estados Unidos e em ações em mais de 1.500 cidades em todo o mundo. #OWS está lutando contra o poder corrosivo de grandes bancos e corporações multinacionais sobre o processo democrático, bem como o papel de Wall Street na criação de um colapso econômico que causou a maior recessão em gerações. O movimento é inspirado por revoltas populares no Egito e na Tunísia, e tem como objetivo lutar contra o 1% mais rico, que está escrevendo as regras de uma economia global injusta, uma barreira em nosso futuro”.
Nos meses seguintes, os protestos e marchas se espalharam pelos Estados Unidos, em cidades como Boston, Chicago, Washington, Los Angeles, São Francisco, Portland, entre outras, além de Europa e Ásia. Em Nova York, houve grande repressão da polícia do prefeito republicano Mike Bloomberg em manifestações realizadas em outubro e novembro.
Hoje, o movimento segue vivo, apesar de críticos questionarem onde estão os acampamentos e barracas que antes ocupavam praças e ruas de Nova York e de outras cidades.
“Você realmente acha que ativistas pela justiça social e econômica passariam o resto de suas vidas em tendas nos parques?”, indaga texto do occupy.com, em celebração aos 5 anos do Occupy Wall Street.
Pra pensar…
Tempos depois, um pouco dos ventos de Nova York soprou pra debaixo do Equador e o Brasil experimentou as manifestações daquele junho de 2013.
Mas essa história é (completamente) diferente e fica pra outro dia… Porque todo dia é histórico.
Cenas do primeiro dia:
Mais imagens do primeiro dia:
Fontes e +MAIS: