Há 10 anos… dia 3 de junho de 2006.
Doze dias antes, as urnas deram recado inequívoco: 56% da população votou pelo “SIM” em referendo sobre a independência do país da Sérvia. Mais do que os 55% exigidos pela União Europeia.
Então, em 3 de junho, coube ao Parlamento reafirmar o desejo popular. Em sessão extraordinária realizada na capital Podgorica, a Casa ratificou o referendo de 21 de maio. “Anuncio que o Parlamento de Montenegro votou a favor da proclamação da independência”, confirmou o porta-voz Ranko Krivokapic, após a votação.
Nascia, assim, uma nova nação nos conturbados Bálcãs. Morria, de vez, a velha Iugoslávia. Terminava, enfim, a delicada união entre Sérvia e Montenegro, que durou 3 anos. Elas eram as duas últimas repúblicas ainda ligadas do antigo país de Marechal Tito.
O pedido da União Europeia foi claro: ambas deveriam visar um “divórcio de veludo”, sem picuinhas ou quaisquer rusgas. A julgar pelo clima tranquilo da votação parlamentar, teriam um caminho relativamente fácil à frente.
Filip Vujanovic e Milo Djukanovic, primeiro-ministro e presidente, compareceram, e Boris Tadic, então presidente da Sérvia, não esteve presente, mas enviou mensagem à população de Montenegro. “Desejo a todos os cidadãos montenegrinos paz, estabilidade e prosperidade”, disse Tadic.
Depois da votação, a bandeira vermelha e dourada – com o Brasão de Armas ao centro – foi hasteada em frente ao Parlamento. Apesar da chuva, milhares de pessoas compareceram e comemoraram a independência, ao som do hino do novo país e com direito a muitos fogos de artifício.
A Sérvia voltava às atenções, então, para Kosovo. A província declararia independência em 2008. Até hoje, porém, tanto sérvios quanto grandes potências mundiais, como a Rússia, não aceitam a autonomia.
Mas essa história fica pra outro dia… Porque todo dia é histórico.
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