Há 25 anos… dia 5 de maio de 1991.
Um gol “de painel”. Esse, aí da foto, que está lá no CT Joaquim Grava (clique para ampliar!).
Mas merecia, também, placa no Mário Filho.
Porque foi o gol impossível.
O gol de falta.
Gol com a assinatura de Neto.
Duas décadas e meia atrás, o camisa 10 do Corinthians marcou o tento inverossímil.
Fantástico. Surreal. Irreal.
O Maracanã ainda era um latifúndio maravilhoso de 1 bilhão de hectares. Gigante, infinito, sideral.
Na ampla relva sagrada, Flamengo x Corinthians. Jogo do Campeonato Brasileiro de 1991, já nos estertores da primeira fase. Os times do povo brigavam por vaga na semifinal e precisavam da vitória.
O novato Dinei abriu o placar, aos 10 minutos. Wilson Gottardo deixou tudo igual, aos 20.
Então, uma falta. Muito, mas muito longe da meta de Gilmar Rinaldi. Daí não precisa de barreira, deve ter pensado o arqueiro bigodudo.
Neto impôs na pelota uma parábola fantástica e a colocou no ângulo direito de Gilmar. Até hoje parece inacreditável a perfeição da falta. Talvez, a mais linda do enorme acervo do 10 corintiano. Certamente, a mais difícil.
“Não, não, não, Neto! Esse foi demais! Eu até vou descer pra te abraçar! Que golaço!”, narrou o inimitável e genial José Silvério, na Jovem Pan.
O Corinthians venceu o jogo por 3 a 2 (Paulo Sérgio anotou o gol vitorioso, no último minuto, depois do já saudoso Gaúcho ter empatado, aos 37 da etapa final), mas acabou não se classificando para as semifinais, assim como o Flamengo.
Não importa.
As histórias daquele jogo e daquele certame ficam pequenas diante da grandiosidade do impossível gol de Neto no enorme Maracanã.
Tão impossível quanto não ter uma placa pra ele no Mário Filho.
O gol, na narração de José Silvério:
Todos os gols do jogo:
Fontes e +MAIS:
Um comentário sobre “O golaço de falta de Neto no Maracanã”