Há 45 anos… dia 10 de fevereiro de 1971.
Mais de 25 milhões de cópias vendidas.
4 Grammys.
15 semanas seguidas no #1 das paradas.
Exatas 324 semanas no ranking da Billboard – atrás somente de The Dark Side of the Moon.
Número 36 na lista dos 500 maiores álbuns de todos os tempos, da Rolling Stone.
Dá pra fazer um post-lista-do-BuzzFeed sem fim com os inúmeros feitos de Tapestry, o álbum que levou Carole King para a estratosfera.
À época, Jon Landau escreveu na Rolling Stone que ela tinha criado “um álbum de superação pessoal e íntima e uma realização musical”.
Quatro décadas e meia depois, Michael Gallucci finalizou assim o seu lindo texto-memória no ultimateclassicrock.com:
“Não é apenas um dos maiores álbuns de cantoras-compositoras de todos os tempos, é um dos maiores álbuns de todos os tempos – um marco de uma era que celebra sua atemporalidade. Grandes canções nunca saem de moda”.
Ponha Tapestry para ouvir e você vai concordar com ele. Se for no vinil, melhor ainda!
O segundo trabalho alçou Carole King a patamar definitivo.
Nos anos 1960, geralmente em parceria com o marido Gerry Goffin, ela já era a renomada artesã de pérolas do pop, até hoje inesquecíveis e que não saem de moda, de fato (valeu, Galluci!).
Hits como “Will You Still Love Me Tomorrow”, das Shirelles, número 1 em 1960, “The Loco-Motion”, top 5 nos EUA em três diferentes épocas, ou “(You Make Me Feel Like) A Natural Woman”, sucesso na voz de Aretha Franklin em 1967.
Com Tapestry, porém, tudo mudou. O disco catapultou a carreira daquela que se tornaria uma das maiores compositoras do pop na segunda metade do século passado – talvez a maior, como cravou o musicólogo Joel Whitburn na Billboard, lembrando da profícua produção de 118 hits presentes no Billboard Hot 100 entre 1955 e 1999. Número gigantesco e impressionante.
Sem Goffin, de quem se divorciara em 1969 (por isso a “superação pessoal e íntima” na resenha de Landau), Carole King se liberta e produz um álbum realmente imortal. Uma jornada feminina, sensível, vigorosa e delicada.
Em 12 faixas, sentimento à flor da pele.
Uma viagem bonita por melodias bem trabalhadas pelo produtor Lou Adler. E versos belíssimos e tocantes, como Long ago I reached for you and there you stood/Holding you again could only do me good/How I wish I could, but you’re so far away, de “So Far Away”.
Ou When my soul was in the lost-and-found, you came along to claim it/I didn’t know just what was wrong with me till your kiss helped me name it/Now I’m no longer doubtful of what I’m living for and if I make you happy I don’t need to do more, de “(You Make Me Feel Like) A Natural Woman”, que ela, finalmente, gravou, a exemplo de “Will You Still Love Me Tomorrow”, com direito a vocais de Joni Mitchell e James Taylor.
“A Natural Woman” provocou recente furor quando da monumental performance da diva Aretha Franklin, que colocou a homenageada em catarse e pôs Barack Obama em lágrimas. Tributo, aliás, com a presença da artista protagonista do musical biográfico sobre Carole King, que estreou em 2013 e hoje roda os Estados Unidos em turnê.
Mas essa história fica pra outro dia… Porque todo dia é histórico.
Tapestry:
Fontes e +MAIS:
– axs.com
Tapestry é a trilha sonora ideal das tardes frias, feito para aquecer o coração de todas as pessoas que se dispõem a apreciá-lo. Clássico e atemporal