8 de fevereiro de 1966
“Barcelona com perigo… Encosta, Adilsoooon… Goool, de Stoichkov! Stoichkov… Faz o primeiro do Barcelona, aos 12 minutos.”
Um indesejável cartão de visita.
Prazer, Hristo. Hristo Stoichkov.
Foi pela narração de Luciano do Valle, em 13 de dezembro de 1992, que conheci a magia do craque “instinto predador na frente do gol”, como diria Johan Cruyff para definir o gênio do seu Dream Team, o Barcelona do início dos anos 1990.
Pra felicidade daquele menino de 11 anos – e pro adulto de 34 de hoje -, Ronaldão tratou de cortar as asinhas do cara, Raí virou o jogo e o São Paulo deixou Tóquio com a taça na mala. Mas a pintura de Hristo deu mais tempero e plástica ao melhor jogo de futebol que vi e hei de ver na vida.
Só por esse gol, aliás, dá pra sacar o enorme talento que foi Stoichkov. CSKA Sofia, Barcelona, Parma, Al-Nassr, Kashiwa Reysol, Chicago Fire, D.C. United e, principalmente, Bulgária. Ele foi genial. E também genioso! Ainda é.
“Há um Cristo lá em cima e outro aqui embaixo: ambos fazem milagres”, teria dito, quando vivia o auge no Barça. Com Romário, formou uma das duplas mais letais do futebol. E certamente a mais marrenta!
A exemplo do parça de ataque no clube catalão, Stoichkov também viveu seu esplendor na Copa do Mundo de 1994, em que foi eleito o terceiro melhor jogador, atrás somente de Roberto Baggio e, óbvio, do Baixinho.
“O Punhal” – outra de suas alcunhas – liderou uma ótima geração da seleção búlgara até as semifinais do mundial dos Estados Unidos. Um timaço que só parou na Itália e terminou em quarto lugar.
Depois dali, Stoichkov iniciou o natural e inevitável declínio da carreira. Já havia construído o suficiente para ser apontado, com unanimidade e sobras, como o maior jogador de futebol da História da Bulgária.
Em maio, ele vai celebrar o cinquentenário em Sofia, capital do país. Um amistoso vai reunir uma seleção de ex-craques. Nomes como Romário, Baggio, Hagi, Maradona, Mijatovic, Savicevic, Zola e Papin, entre outros, já têm presença confirmada.
O gênio nascido em Plovdiv, no centro-sul da Bulgária, merece.
Stoichkov e a Copa de 1994:
Gols!:
Fontes e +MAIS:
– uefa.com