Há 55 anos… dia 25 de janeiro de 1961.
A divisão de animação estava fazendo a “lojinha” sangrar.
A realização de “A Bela Adormecida” (1961) tivera altíssimo custo e não dera retorno de bilheteria à altura.
O caixa estava no vermelho.
“Eu não acho que podemos continuar, está muito caro”, chegou a dizer Walt Disney para Eric Larson, animador e um dos cabeças da produção do longa sobre a princesa Aurora.
Mas, no fundo, ele acreditava no desenho animado. Afinal, era a essência e o carro-chefe da companhia.
A próxima empreitada, porém, tinha de ser boa, bonita e barata. E rentável!
Disney já tinha adquirido os direitos para transformar o livro The Hundred and One Dalmatians, de Dodie Smith, em longa-metragem. Havia se fascinado com a história de Pongo, Perdita, Roger e Anita, e escalou Bill Peet para adaptar o roteiro e criar uma nova identidade visual. Tudo isso com pouca verba.
A grande sacada na feitura de “101 Dálmatas” foi o uso da técnica de xerografia. Apesar da enorme ressalva de Walt Disney, que sentiu certa perda de “fantasia” no visual, a tecnologia poupou (e muito!) os combalidos cofres da empresa. Dizem que o custo de produção foi cortado pela metade por causa da tal xerografia…
Assim, o pai do Mickey e do Pato Donald tinha um ótimo produto final nas mãos: uma história interessante, com ótimos personagens e roteiro envolvente, apresentada com uma inovadora e barata tecnologia de animação. Melhor, impossível.
O resultado não podia ser mais perfeito: sucesso de crítica e a melhor bilheteria do ano nos Estados Unidos, mais de US$ 6 milhões arrecadados! “101 Dálmatas” foi a tábua de salvação de Walt Disney. O caixa encheu de novo e ele pôde seguir a estrada da fantasia do desenho animado.
Em 1996, trinta anos depois da morte de Disney, os estúdios lançaram “101 Dálmatas – o filme”, com roteiro de John Hughes e uma impressionante Glenn Close na pele de Cruela Cruel.
Mas essa história fica pra outro dia… Porque todo dia é histórico.
“101 Dálmatas”, dublado:
Fontes e +MAIS:
– IMDb