Há 210 anos… dia 2 de dezembro de 1805.
Exatamente um ano antes, ele se auto proclamava Imperador da França na Catedral de Notre Dame.
As 12 folhinhas desceram no calendário e lá estava Napoleão Bonaparte montado em seu cavalo, comandando o exército francês na Batalha de Austerlitz, também conhecida como Batalha dos Três Imperadores. Segundo historiadores e estudiosos, a grande obra-prima tática do general e estrategista. A sua maior vitória militar.
De um lado, o Império Francês.
Do outro, os impérios Austríaco e Russo.
Napoleão tinha 70 mil soldados à disposição, enquanto que as tropas adversárias contavam com quase 100 mil homens. Ademais, o exército austro-russo também tinha o dobro da artilharia francesa. A diferença numérica teria de ser tirada na estratégia.
O imperador estudou a área e decidiu-se por um planalto para o palco do enfrentamento, em uma região a 20 km de uma vila chamada Austerlitz. Na véspera, Napoleão passou a tática a seus homens, apontando as ações defensivas e ofensivas.
No momento da batalha, o comandante francês se valeu da neblina para esconder parte de seu batalhão, iludindo o inimigo com movimentos falsos de seu exército. Generais da Áustria e da Rússia pensaram que o exército bleu havia recuado e até desistido do embate. Então, partiram ao ataque.
Ao investir contra o lado direito (ao sul), com quatro colunas de homens, o exército austro-russo acabou surpreendido por um contragolpe dos soldados “escondidos” de Napoleão. Assim, fez-se um equilíbrio na batalha, que logo pendeu para o lado francês. As tropas de Napoleão logo atacaram o centro e viraram o duelo.
Pra terminar, um golpe baixo do general: na fuga de soldados pelo congelado lago Satschen, Napoleão ordenou, com crueldade: “Atirem no gelo!”. Quatro mil soldados, quase todos russos, foram mortos com o ataque.
A vitória de Napoleão Bonaparte fora completa.
O saldo final foi glorioso. Vitória militar, com apenas 6.800 mortos e feridos, contra 12.200 do lado austro-russo, além de 15 mil prisioneiros. E um baita triunfo político, com a abdicação de Francisco I do trono austríaco e a dissolução do Sacro Império Romano Germânico.
Cerca de 60 anos depois, Tolstoi começaria a publicar o romance Guerra e Paz, que tem a Batalha de Austerlitz como um dos cenários.
Mas essa história fica pra outro dia… Porque todo dia é histórico.
Na foto: “A Batalha de Austerlitz”, de François Gérard, 1810, pintura que está no Museu do Louvre, em Paris.
Reconstituição da Batalha de Austerlitz:
Fontes: