Há 100 anos… dia 23 de outubro de 1915.
“Na luz dourada do sol e na calorosa atmosfera, o grande desfile fez seu caminho triunfal”, escreveu o New York Times, no dia seguinte ao histórico evento que tomou conta da Big Apple. Centenas de milhares de pessoas – a maioria mulheres, claro – marcharam pela Quinta Avenida com uma única demanda: o direito ao voto feminino.
Como escreveu o site da revista Time, em texto que relembra aquele 23 de outubro, números oficiais (não, não era o Datafolha!) estimaram em 25 a 60 mil presentes. Fora os mais de 100 mil “espectadores”, que pararam pra ver a marcha passar. Até então, desde o início do movimento sufragista, no início dos anos 1870, era a maior manifestação nos Estados Unidos.
Senhoras de bengalas, mulheres com bebês de colo, mães, avós, filhas e netas. Teve até mãe amamentando o filho! Todas reunidas para pedirem que os nova-iorquinos as deixassem votar. Em alguns dias, a cidade decidiria se sim ou não. “Um voto para o sufrágio é um voto por justiça”, dizia um cartaz. “Você confia em nós com as crianças; confie em nós com o voto”, dizia outro.
Por causa do referendo, o clima na metrópole era tenso. Mas nada aconteceu. A marcha transcorreu em clima de paz e alegria. Por cerca de 8km, mulheres de braços dados, com flores na mão ou até a cavalo – como na foto acima! – deixaram o seu recado ao povo de Nova York.
Infelizmente, a reunião grandiosa não deu resultado: o referendo manteve as mulheres alijadas do voto. Somente em 1920, com a aprovação da 19ª Emenda, elas poderiam, enfim, exercer seu direito democrático na Terra do Tio Sam.
Mas essa história fica pra outro dia… Porque todo dia é histórico.
Clipe com imagens da marcha:
Fontes e +MAIS:
– time.com