Há 25 anos… dia 13 de julho de 1990.
É ouvir os primeiros acordes de “Unchained Melody” e pronto! Você logo pensa em cerâmica, carícias, lágrimas, barro e declarações de amor eterno! Impossível dissociar a música, seja a versão instrumental de Les Baxter, a interpretação poderosa de Elvis Presley ou o dueto afinado dos Righteous Brothers, com “Ghost”, o filme que completa 25 anos hoje.
Este (romântico) escriba afirma, sem medo de errar: a música é muito maior que o filme. Não há como comparar, na verdade. Em matéria de sentimentalismo, ao menos, a canção é infinitamente maior que o longa-metragem. Em tempo: curioso usar “matéria” e “infinitamente” quando se fala de um filme sobre fantasma, mas vá lá…
Sim, o roteiro é bacana – e até ganhou o Oscar! O elenco é bom. Patrick Swayze não faz esforço para interpretar um galã doce e másculo. Whoopi Goldberg rouba a cena como uma hilária malandra golpista – e também faturou o Oscar! Os efeitos são muito bem-feitos e legais (os fantasminhas negros das trevas me deixavam com medo, na época…).
Mas, no frigir dos ovos, tendo a concordar com o crítico Roger Ebert, por mais ranzinza e ácida que seja sua resenha: “Nós gostamos de imaginar nossos entes queridos lá em cima em uma nuvem, eternamente ‘olhando para baixo’ sobre nós, tão dedicados que preferem ver o que estamos cozinhando para o jantar do que ter uma conversa com Aristóteles ou Elvis.”
Pegou pesado, né? Talvez. Mas é uma crítica verdadeira e franca.
E por mais que Ebert e eu, digamos, torçamos o nariz, “Ghost” foi um tremendo blockbuster e mexe com as pessoas até hoje. No mais, faturou mais de US$ 500 milhões em bilheteria. Segundo a Wikipedia, se o valor for ajustado para 2015, o filme estaria na 93ª posição em bilheteria de todos os tempos nos EUA. Não é pouco, na verdade, é muito. Ainda mais em se tratando de uma produção com orçamento de US$ 22 milhões à época!
Não tem jeito. O negócio é mergulhar no romance de Sam e Molly. Ao som, claro, de “Unchained Melody”!
Trailer de “Ghost”:
Fontes:
– IMDb