Há 145 anos… dia 26 de junho de 1870.
Menos de um ano depois de apresentar a primeira ópera do ciclo de quatro grandes composições chamado “O Anel do Nibelungo” (“Der Ring des Nibelungen”), Richard Wagner estreava a segunda parte. Exatos 145 anos atrás, o mesmo Teatro Nacional de Munique recebeu “A Valquíria”.
A exemplo da ópera de abertura do ciclo, Wagner não queria que a segunda parte fosse executada separadamente. Mas, assim como aconteceu com “Das Rheingold” – “O Ouro do Reno” –, o compositor alemão teve de ceder ao seu mecenas, o Rei Luís II da Baviera.
Apesar de ser a sequência, Wagner compôs “A Valquíria” depois de terminar “Siegfried”, a terceira parte do ciclo. Ele avaliou que precisava colocar um trecho entre a abertura e o terceiro momento, para que o libreto fizesse sentido.
A abertura do ato III de “A Valquíria” é, possivelmente, o exerto mais popular de toda a obra de Richard Wagner. A famosa “Cavalgada das Valquírias” ficou imortalizada no filme “Apocalypse Now”, em sequência impressionante e genial idealizada pelo diretor Francis Ford Coppola.
O sucesso e a receptividade de “Ritt der Walküren”, aliás, vem desde a estreia. Em janeiro de 1871, Wagner começou a receber pedidos para executar somente a “Cavalgada”. Em respostas furiosas, dizia que a ideia era “uma indiscrição absoluta” e que proibiria “tal coisa”.
No entanto, depois que todo o ciclo foi apresentado, em 1876, Wagner mudou de ideia. Em 12 de maio de 1877, o próprio foi o regente da execução de “Cavalgada das Valquírias” em Londres. E com direito a bis!
Mas essa história fica pra outro dia… Porque todo dia é histórico.
“A Cavalgada das Valqúirias”:
Fontes: