Tancredo Neves é eleito presidente pelo colégio eleitoral

Há 30 anos… 15 de janeiro de 1985.

Tancredo Neves é eleito presidente pelo colégio eleitoral

No auge das chamadas Jornadas de Junho, em 2013, – que já tem até verbete na Wikipédia -, uma multidão ocupou a cobertura do prédio do Congresso, em Brasília.

Quem tem mais de 45, 50 anos, imediatamente se lembrou de outro momento da História do Brasil, tão ou mais importante do que os acontecimentos de 2013: a eleição de Tancredo Neves.

Há exatos 30 anos, enquanto o colégio eleitoral formado pelo Congresso Nacional escolhia o mineiro de São João Del Rei o novo comandante da Nação, quase 21 anos depois do Golpe de 1964, uma massa tomava conta dos jardins e da cúpula do Congresso. Uma festa de esperança no futuro.

Sob uma chuva de verão de lavar a alma, pessoas levavam faixas e cartazes, mas, principalmente, bandeiras do Brasil. E foi uma enorme bandeira verde, amarela, azul e branca que serviu de abrigo para centenas. Uma imagem bonita.

Tancredo de Almeida Neves venceu Paulo Salim Mauf por 300 votos de diferença, 480 a 180. Em uma costura que envolveu José Sarney, Ulysses Guimarães e Aureliano Chaves, Tancredo saiu candidato pelo PMDB, com Sarney como vice, enquanto Maluf representou a chapa liderada pelo PDS (Flávio Marcílio de vice).

“Vim para promover as mudanças, mudanças políticas, mudanças econômicas, mudanças sociais, mudanças culturais, mudanças reais, efetivas, corajosas, irreversíveis”, garantiu o novo presidente, então com 74 anos, em um discurso emocionante e emocionado, de 35 minutos, interrompido inúmeras vezes pelos aplausos do Congresso.

O fato pitoresco, presente no vídeo do post (minuto 45), foi a ligação telefônica do então presidente João Figueiredo para Tancredo Neves, transmitida ao vivo pela TV Globo. De roupão azul-marinho, semblante sonado e um tanto carrancudo, bem à seu jeito, Figueiredo parabenizou Tancredo:

“Eu quero aproveitar a oportunidade para apresentar meus cumprimentos ao senhor pela sua eleição à Presidência da República”, disse Figueiredo, do Rio de Janeiro. Após um incomensurável delay, da capital federal Tancredo agradeceu e também cumprimentou o presidente pelo 67º aniversário.

Saía de cena a Ditadura. Restaurava-se a Democracia.

“Até aí morreu o Neves” e o Brasil entrou em um caminho incerto sob o comando de Sarney.

Mas essa história fica pra outro dia… Porque todo dia é histórico.

A eleição de Tancredo Neves:

Fontes:

Acervo Estadão

politica.estadao.com.br

br.noticias.yahoo.com

g1.globo.com

jblog.com.br

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