Há 45 anos… dia 9 de janeiro de 1970.
POR PAULO SENE*
Aconteceu nos primeiros dias de 1970, mais precisamente 45 anos atrás. O Led Zeppelin tocou no Royal Albert Hall e mostrou para todos que seria a banda da década nascente.
Todos mesmo! Na plateia, figuras como Eric Clapton, Jeff Beck e John Lennon engrossavam o coro e pediam o bis. Na verdade, dois longos bis, cerca de 15 minutos cada! E uma ovação unânime de mais de meia hora, em que todos pareciam em estado de graça. E pedindo por mais!
Depois do show, Jimmy Page, que celebrava o 26º aniversário naquela noite, confessou que a banda estava um pouco nervosa com as ilustres presenças. Mas, após sentir a vibe de todo mundo e ver que todos dançavam e vibravam tanto, o quarteto relaxou e mandou ver.
Por sorte, o show foi filmado com uma equipe profissional e está disponível para nós, meros mortais, que não tivemos o privilégio de assistir o “amálgama” Page-Plant-Bonham-Jones. Pra mim, são poucas as bandas que conseguem atingir esse estágio (umas 3 ou 4, na verdade).
Um set list brilhante e novinho, com pérolas inesquecíveis (“Heartbreaker”, “Dazed and Confused” e “Since I’ve Been Loving You”) e momentos memoráveis, como o solo de Bonham em “Moby Dick”, tornaram todos os presentes em testemunhas do que estaria por vir.
Em um depoimento, Page comentou: “Íamos encerrar com ‘The Lemon Song’, mas a galera não parava de pedir mais, eu mandava mais um riff e tocávamos mais 10 minutos… foi demais!”.
O show foi icônico. Lançado em DVD em 2003, o concerto catapultou a banda para o Olimpo do rock’n’roll. Destaque para a performance absurda em “Whole Lotta Love” – que atingiria #4 nas paradas americanas -, na minha humilde opinião o melhor riff de guitarra de todos os tempos.
Curta aí (ah, em película e em vários ângulos!)
Seminal, definitivo, maravilhoso.
* Paulo Sene, fã de pré, pós e punk, fotógrafo nas horas vagas e viciado em bicicleta.
“Whole Lotta Love”:
Fontes: