Há 5 anos… dia 20 de novembro de 2009.
O nome está no inconsciente coletivo brasileiro. Nas décadas de 1980 e 1990, quase 100% dos filmes, novelas, séries ou desenhos tinham seu selo de qualidade: “Versão brasileira, Herbert Richers”. Havia os “rivais” BKS e Álamo, mas a Herbert Richers S.A. era a líder absoluta do mercado.
Por trás de tudo, um paulista de Araraquara que adotou o Rio de Janeiro como lar desde o início dos anos 1940. Na Cidade Maravilhosa, fundou, em 1950, o que se transformaria em um império da dublagem no Brasil e na América Latina.
Produtor e conhecedor do mercado de cinema, inclusive com passagem pela gigante Atlântida, era amigo próximo de Walt Disney. O pai do Mickey e do Pato Donald quem apresentou o sistema de dublagem, já muito usado em Hollywood. Antenado, ele trouxe a novidade para o Brasil e logo dominou o mercado.
Além das dublagens, também foi produtor de filmes históricos do cinema nacional, como “O Assalto ao Trem Pagador”, de 1962, e “Vidas Secas”, de 1963.
Em 2014, a vida do mito Herbert Richers virou livro. Escrito pelo jornalista Gonçalo Junior, Versão Brasileira – Herbert Richers conta a saga não só do empresário, mas também de seus ancestrais, que chegaram ao Brasil na primeira metade do século 19 e foram precursores no cinema e na fotografia no País.
Em 20 de novembro de 2009, o coração do sinônimo de dublagem parou de bater. Pouco tempo depois, em 2012, o estúdio Herbert Richers fechou as portas, afundado em dívidas e ações trabalhistas no valor de R$ 8 milhões.
Foram-se criador e criatura. Fica, pra sempre, a marca Herbert Richers.
Em tempo: vale dar umas risadas com a brincadeira da Desciclopédia sobre o personagem do post de hoje!
Reportagem do Multishow sobre dublagem e o estúdio Herbert Richers:
Fontes:
– IMDb