Há 60 anos… dia 3 de novembro de 1954.
O mostrengo nuclear redivivo acabou virando ícone.
Desde seu “nascimento” até hoje, foram incontáveis sequências, imitações, refilmagens, paródias e novas versões.
Godzilla é pop.
Tudo começou quando o escritor de ficção científica Shigeru Kayama foi convocado para criar a história de um monstro pré-histórico ressuscitado por causa de testes nucleares no Pacífico.
Takeo Murata e Ishiro Honda aperfeiçoaram e roteirizaram a ideia original de Kayama. Honda acabou na direção do filme, na época a produção mais cara do cinema japonês, cerca de US$ 900 mil.
O enorme ser inspirado em dinossauros representava algo que o Japão havia tragicamente vivido: as bombas de Hiroshima e Nagasaki. “O tema do filme, desde o início, era o terror da bomba. A humanidade criou a bomba, e agora a natureza ia se vingar da humanidade”, disse Tomoyuki Tanaka, o produtor do longa de 1954.
Explorar e relacionar Godzilla à bomba nuclear foi muito criticado na época, apesar da boa recepção no Japão. Foi a oitava maior bilheteria daquele ano e segue como o segundo filme japonês mais assistido na Terra do Sol Nascente, atrás somente de “King Kong vs. Godzilla”.
“Godzilla” também venceu o prêmio na categoria Melhor Efeito Especial da Academia do Japão e foi indicado a Melhor Filme do Ano.
Os efeitos especiais, aliás, foram revolucionários à época. George Lucas diz que as criações do filme inspiraram na montagem de “Guerra nas Estrelas”.
Em 1998, um remake dirigido por Roland Emmerich, uma co-produção entre EUA e Japão, foi lançado, com Matthew Broderick e Jean Reno no elenco. Apesar do sucesso de bilheteria, não teve boa recepção de crítica, ao contrário da refilmagem de 2014, de Gareth Edwards.
Mas essa história fica pra outro dia… Porque todo dia é histórico.
Trailer japonês de “Godzilla”:
Fontes:
– IMDb