Há 50 anos… dia 21 de setembro de 1964.
Gregos, romanos, árabes, cruzados, Napoleão Bonaparte, Grã-Bretanha.
Em mais de 7 mil anos, a pequena ilha entre a Europa e a África foi habitada por diversos povos e dominada por diferentes líderes.
Hoje, Malta comemora 50 anos de plena independência.
Depois de 151 anos de domínio britânico, a independência, finalmente.
Há meio século, o povo maltês celebrou a autonomia em relação à Grã-Bretanha. Bem, parte da população… Porque muitos foram opostos à independência. Ao contrário, queriam maior integração e aproximação da ilha ao Reino Unido.
O dia 21 de setembro de 1964 foi marcado por sentimentos difusos. Enquanto a maioria comemorava, outros protestavam nas ruas da capital Valletta e de outras cidades do arquipélago encravado no Mediterrâneo, ao sul da Sicília.
Em meio ao clima agitado das ruas, o Duque de Edimburgo chegou ao país para as celebrações. Foi saudado com eloquência pelos nacionalistas, obviamente favoráveis à autonomia da nação, mas ofendido por membros do Partido Trabalhista de Malta, contrários à emancipação.
Protestos à parte, o Duque foi protagonista dos festejos e do cerimonial naquele 21 de setembro. O consorte entregou a carta da independência nas mãos do primeiro-ministro Giorgio Borg Olivier (foto).
Os britânicos saíam de cena após mais de 150 anos de domínio, mas permaneceriam presentes até 1979, quando retiraram todas as tropas e evacuaram as bases militares instaladas em Malta.
Depois da independência, o pequeno arquipélago formado por três grandes ilhas (Malta, Gozo e Comino) experimentou períodos de aproximação e afastamento do Ocidente.
No final dos anos 1980, início dos 1990, realizou reformas institucionais com o objetivo de entrar na União Europeia, o que aconteceu em maio de 2004.
Mas essa história fica pra outro dia… Porque todo dia é histórico.
Imagens do dia 21 de setembro de 1964 em Malta:
Fontes: