Robson Caetano, 50 anos

4 de setembro de 1964

Robson Caetano, 50 anos

“O momento mais feliz é ter deixado uma marca: Robson Caetano.”

O maior velocista do atletismo brasileiro superou as dificuldades da vida com a mesma rapidez e força com que vencia os adversários dentro das pistas.

Robson Caetano da Silva dedicou 17 de seus 50 anos completados neste 4 de setembro ao esporte que o tirou da pobreza. Hoje, ajuda os outros com o seu exemplo de vida, de superação e de luta.

Nascido no Rio de Janeiro, teve difícil infância e chegou a lavar carros para ajudar a família. Até que foi “descoberto” por Sônia Risseti, professora de educação física e técnica de atletismo. Sônia viu no franzino e alto menino um talento para o esporte.

Robson começou no pentatlo moderno, depois foi para o salto em distância, mas logo descobriu a velocidade. Muito jovem, demonstrou capacidade ímpar para as provas rápidas.

Aos 19 anos, subiu ao pódio pela primeira vez: com João Batista Eugênio Silva, Nelson Rocha dos Santos e Gerson Andrade de Souza, levou a medalha de bronze no revezamento 4x100m dos Jogos Pan-Americanos de Caracas, em 1983.

No ano seguinte, frustração e polêmica. Robson Caetano fugiu da Vila Olímpica nos Jogos de Los Angeles, foi afastado da delegação brasileira e teve de voltar ao País. Foi acusado de ter escapado para uma farra amorosa e ganhou fama de indisciplinado.

Superou as críticas com muito treino e dedicação. No Pan de Indianápolis, em 1987, levou a medalha de prata nos 200m, prova que virou sua especialidade. Agora, ele mirava um sonho mais alto, a glória olímpica. O foco estava todo em Seul-88.

Na Coreia do Sul, Robson dividiu o pódio com a lenda Carl Lewis. Foi nos 200m rasos. O americano conquistou a prata, enquanto o brasileiro ficou com o bronze, com tempo de 20s04. Joseph DeLoach, também americano, levou o ouro, com 19s75.

Naqueles jogos, participou da controversa prova dos 100m, em que Ben Johnson venceu mas não levou, por causa do doping. Lewis acabou com a medalha de ouro.

O ano de 1988, aliás, foi muito feliz para o brasileiro. Nos Jogos Ibero-Americanos na Cidade do México, Robson cravou 9s99 e estabeleceu o recorde sul-americano dos 100m rasos. Foi o primeiro atleta da América do Sul a correr a prova abaixo da marca dos 10 segundos.

Em 1989, no Grand Prix de Bruxelas, ele superou Lewis e DeLoach e marcou seu recorde pessoal nos 200m: 19s96.

No Pan de Havana, dois anos depois, teve seu maior momento, com duas medalhas de ouro, nos 100 e 200 metros. “Minha maior lembrança, entre todas as participações no Pan, são as de Havana 1991. Foi o auge. Fui o porta-bandeira a delegação na cerimônia de abertura, ganhei os dois ouros para o Brasil”, relembra.

Em Barcelona-92, foi para as finais dos 200m e 4x400m, mas não trouxe medalha. Na quarta e última participação olímpica, em Atlanta, saboreou novamente o gosto do pódio, com o bronze no revezamento 4x100m, ao lado de Arnaldo da Silva, Édson Ribeiro e André Domingos.

Robson ainda tem resultados expressivos em Copas do Mundo, como as primeiras colocações nos 200m na Austrália (1985), em Barcelona (1989) e Cuba (1992), além de 18 títulos sul-americanos.

Depois da bem-sucedida carreira, o maior velocista do atletismo brasileiro já fez e ainda faz de tudo: abriu o Instituto Robson Caetano, onde promove o esporte e a educação entre jovens, se formou em comunicação social, educação física e até em artes cênicas e também já deu seus pitacos como comentarista.

Aos 50 anos, Robson Caetano da Silva tem fôlego para muitas provas da vida.

As duas medalhas de ouro no Pan de Havana, em 1991:

Fontes:

irca.org.br

cbat.org.br

esporteessencial.com.br

veja.abril.com.br

iaaf.org

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