Há 45 anos… dia 1º de setembro de 1969.
“O Jornal Nacional, da Rede Globo, um serviço de notícias integrando o Brasil novo, inaugura-se neste momento: imagem e som de todo o Brasil”, anunciou Hilton Gomes, às 19h45min do dia 1º de setembro de 1969, uma segunda-feira.
Entrava no ar o Jornal Nacional, a primeira transmissão em rede do País.
Costa e Silva, Rocky Marciano, o preço da gasolina e Pelé foram alguns personagens e assuntos da estreia, que teve 12 minutos de duração.
Gomes atualizou as notícias sobre o estado de saúde do general, afastado da presidência por causa de um derrame. Confirmou que Costa e Silva transferia os poderes a uma Junta Militar. Em 30 de outubro, Emílio Garrastazu Médici tomaria posse como novo comandante do Brasil da ditadura. Costa e Silva faleceria em 17 de dezembro.
Outra notícia daquele 1º de setembro foi a morte do boxeador americano Rocky Marciano. A lenda dos ringues morrera em desastre aéreo nos Estados Unidos no domingo, um dia antes de completar 46 anos.
A gasolina também foi tema no primeiro JN. A chamada gasolina azul (especial) sofria um reajuste e passava a valer 48 centavos de cruzeiro novo, enquanto a comum custava 39,1 centavos.
Para fechar com chave de ouro, o Rei do Futebol. No domingo, Pelé marcara o gol da classificação brasileira para a Copa do Mundo de 1970: 1 a 0 contra o Paraguai, para um dos maiores públicos da história do Maracanã, 183.341 pagantes.
“É o Brasil ao vivo aí na sua casa. Boa noite”, desejou Cid Moreira, ao final da primeira e bem-sucedida edição do JN.
“…E o Boeing decolou.”
Então diretor-geral de Jornalismo, Armando Nogueira escreveu a frase no script do primeiro programa e presenteou o diretor de imagens, Alfredo Marsilac, com a folha de papel.
Quarenta e cinco anos se passaram e muita coisa mudou no telejornal mais famoso do País. Apresentadores, apresentadoras, formatos, inovações, tecnologia, entre tantas outras transformações.
Capítulos e episódios marcantes, como o dia em que a Globo precisou abrir espaço para uma resposta de Leonel Brizola, lida ao vivo por Cid Moreira.
Mas essa história fica pra outro dia… Porque todo dia é histórico.
Veja um resumo da primeira edição do Jornal Nacional:
Fontes: