Há 70 anos… dia 25 de agosto de 1944.
Por que nos deseja esconder a emoção que toma a todos, homens e mulheres, que estão aqui, em casa, em Paris, que se levantou para se libertar e que conseguiu fazer isso com as próprias mãos?
Não! Não vamos esconder essa emoção profunda e sagrada. Estes são minutos que vão além de nossas vidas pobres. Paris! Paris indignada! Paris quebrada! Paris martirizada! Mas Paris se libertou! Libertada por si só, libertada pelo seu povo, com a ajuda dos exércitos franceses, com o apoio e a ajuda de toda a França, da França que luta, da única França, da França real, da eterna França!
Emocionado, o general Charles de Gaulle discursou para uma extasiada multidão em frente ao Hôtel de Ville, sede prefeitura.
A comoção geral se explicava. Após mais de quatro anos, Paris estava livre. Livre das tropas nazistas. Livre do domínio de Adolf Hitler.
Hitler que tivera a audácia e a soberba de desfilar pela Cidade Luz logo depois de ocupá-la, em maio/junho de 1940. Posou na Torre Eiffel e no Arco do Triunfo.
Mas a roda da História gira. E De Gaulle sabia disso.
Naquele 25 de agosto, fez questão de proferir emocionante mensagem aos parisienses e desfilar pela cidade em festa, livre.
A batalha pela liberação da capital francesa, no entanto, foi árdua. Durou sete dias e contou com a essencial ajuda das tropas americanas do general Patton, além, claro, das Forças Francesas do Interior, comandadas pelo próprio De Gaulle.
Iniciada com uma greve dos metroviários, policiais e da Força Nacional, em 18 de agosto, terminou com a rendição das tropas nazistas. Hitler apelava para que seus soldados não se rendessem, mas o destino estava escrito.
No dia seguinte, a festa e a esperança coloriram Paris e tomaram conta das ruas, da Champs-Élysées até a Place da la Concorde.
O “Dia da Vitória” é celebrado até hoje não só na capital, mas em toda a França.
Porém, o país se veria totalmente livre dos nazistas somente em 1945.
Mas essa história fica pra outro dia… Porque todo dia é histórico.
Documentário sobre a libertação de Paris:
Fontes:
– bbc.com