21 de julho de 1914
Eu ia escrever um texto sobre os 100 anos da seleção brasileira.
Sobre o primeiro jogo, contra o Exeter City da Inglaterra, no estádio das Laranjeiras, no Rio de Janeiro, em 21 de julho de 1914.
Sobre o time que entrou em campo naquele dia: Marcos de Mendonça, Píndaro e Nery; Sylvio Lagreca, Rubens Salles e Rolando; Abelardo, Oswaldo Gomes, Friedenreich, Osman e Formiga.
Sobre o resultado do jogo, 2 a 0 para o Brasil, gols de Oswaldo Gomes e Osman.
Eu ia falar sobre o Penta, o Tetra, o Tri, o Bi ou o primeiro título. Sobre as 5 Copas do Mundo que tornaram a seleção brasileira a mais vencedora da história do futebol.
Sobre Bellini, Mauro, Carlos Alberto Torres, Dunga e Cafu, os capitães.
Sobre o futebol-arte, marca de seleção brasileira.
Sobre Pelé.
Sobre Garrincha.
Sobre Pelé e Garrincha, dupla nunca derrotada com a camisa verde e amarela. A Amarelinha.
Que era branca e azul, mas o fantasma do Maracanazo apagou.
Ia lembrar de outros craques. Romário, Ronaldo, Rivaldo, pra citar três que tive o prazer e a felicidade de ver com a camisa da seleção.
Ou ia citar técnicos, como Telê Santana, o maior de todos. Ou Feola, o folclórico Feola, técnico do título de 1958.
Tinha muita coisa pra falar.
Mas tenho mil motivos para não escrever.
Mil não.
Sete.
7.
Em tempo: e tudo vai ficar igual! Inacreditável… Ainda sobre os 7 a 1, esse texto, do José Miguel Wisnik, é o melhor, o mais lúcido, com o preciso diagnóstico e o duro prognóstico: “Quem não entendeu o próprio fracasso não entende mais nada”.
Fontes:
+MAIS:
– Especial 100 anos da seleção brasileira no Trivela!