Há 120 anos… dia 22 de julho de 1894.
De 1863 até 1944, Le Petit Journal foi uma publicação de muito sucesso na França. No final do século 19, o jornal tinha alta popularidade e circulação na casa do milhão de exemplares. Uma maneira de alavancar as vendas era criar e organizar eventos, principalmente esportivos.
O veículo foi promotor de algumas das mais marcantes disputas na História do esporte. Por exemplo, a Paris-Brest-Paris, uma das primeiras provas de ciclismo do mundo (disputada entre 1891 e 1951).
Por trás de quase todas as iniciativas, um homem: o editor Pierre Giffard. Em 1894, com o objetivo de estimular o esporte a motor, com interesse ascendente na nova burguesia industrial francesa, Giffard idealizou a Paris-Rouen, primeira corrida de automóveis da História.
No final do século 19, carros ainda não eram confiáveis, tampouco comuns. A partir de 1886, com a concepção e o desenvolvimento do motor a combustão movido a gasolina, invenção dos alemães Karl Friedrich Benz e Gottlieb Daimler, os automóveis começaram a se difundir, ainda que timidamente.
A edição de 19 de dezembro de 1893 trazia anúncio para a “Competição para Carruagens Sem Cavalos do Le Petit Journal”. O jornal negava veementemente que se tratava de uma corrida e existe, até hoje, controvérsias sobre se a Paris-Rouen é a primeira prova de automóveis da História.
Controvérsias à parte, o fato é que às 8h da manhã do dia 22 de julho de 1894 21 carros largaram do Porte Maillot, em Paris, com direção a Rouen. Antes, do dia 19 até o dia 21, houve testes classificatórios e também exibição de automóveis, em 18 de julho.
Depois de 6 horas e 48 minutos, Jules-Albert, o Comte de Dion, cruzou a linha de chegada em primeiro, três minutos e meio à frente de Albert Lemaître e quase 17 em vantagem sobre Auguste Doriot. Somente outros 14 carros completaram o circuito de 127 km entre as cidades.
Na carona da Paris-Rouen, outras provas entre cidades surgiram, como a Paris-Bordeaux-Paris, considerada por muitos como a verdadeira primeira corrida da História.
Mas essa história fica pra outro dia… Porque todo dia é histórico.
Fontes: