7 de abril de 1964
Maximus, o Gladiador.
Jack Aubrey, o Mestre dos Mares.
John Nash, a Mente Brilhante.
Robin Longstride, o Robin Hood.
Jeff Wigand, o Informante – o meu preferido.
Agora, Noé.
Ele já foi muitos no cinema. Ele gosta de ser muitos.
“Gostaria de interpretar mulheres apaixonadas, mas ninguém vai deixar!”, brincou, certa vez.
Russell Ira Crowe é um cara diferente. Neozelandês e australiano, tem ascendências inglesa, alemã, irlandesa, italiana, norueguesa, escocesa e sueca! Gosta de música, é dono de time de rugby, filantropo. É um cara legal.
A estrada no cinema vem de berço. Seu avô, Stan Wemyss, foi cineasta. Até ganhou a medalha MBE (Member of the Order of the British Empire), por ter filmado direto do front durante a Segunda Guerra Mundial. O neto o homenageou usando o adereço na cerimônia do Oscar de 2001 – da fotinho aí em cima! -, quando levou a estatueta de Melhor Ator para casa, pela atuação em “Gladiador”.
Avô cineasta, pais ligados à sétima arte (criavam cenários). Não foi preciso muito para Russell enveredar pelo mesmo caminho. Aos seis anos, fazia pontas em séries de TV na Austrália. Aos 16, já morando na Nova Zelândia, decidiu seguir o sonho de se tornar ator.
A aventura neozelandesa acabou em música. Crowe montou banda e deixou o sonho da telona de lado. Aliás, ele segue muito ligado à música (já formou diversos grupos diferentes). É um cara diferente.
De volta à Austrália, foi estudar teatro, decolou a carreira com atuações destacadas e prêmios. Era questão de tempo para brilhar em Hollywood. Fez papéis coadjuvantes com Sharon Stone (“Rápida e Mortal”) e Denzel Washington, em “Assassino Virtual”, par romântico com Salma Hayek (“Amor em Chamas”) e outra participação menor em “Los Angeles – Cidade Proibida”.
A explosão veio com “O Informante” (1999), em que interpreta Jeff Wigand, ex-funcionário de uma grande companhia de tabaco, com informações secretas sobre as artimanhas da indústria para viciar cada vez mais pessoas. E, claro, com “Gladiador”, o épico de Ridley Scott. Papéis totalmente diversos. Competência e brilho de um grande ator.
Talento que se confirmaria ainda mais em “Uma Mente Brilhante”. Em outra história real – a exemplo da trama de “O Informante” -, Crowe faz o difícil papel de John Nash, matemático americano, vencedor do Nobel de Economia, um gênio esquizofrênico.
“Se há alguma coisa sobre a vida de alguém que é importante o suficiente para se fazer um filme, eu tenho de assumir a responsabilidade e fazer tudo direito. É uma responsabilidade enorme”, afirmou, sobre interpretar pessoas reais, como Nash e Wigand.
Nos últimos anos, segue trajetória diversa e multifacetada. Participou de “Os Miseráveis”, produziu e interpretou “Robin Hood”… A aventura do momento é “Noé”, dirigido pelo ótimo Darren Aronofsky, lançado no Brasil no último final de semana.
Músico, dono de time de rugby, filantropo… Russell Crowe é um cara diferente, um cara legal. Acima de tudo, um grande ator.
Veja o trailer de “O Informante”:
Fontes:
– IMDb