Nicolas Cage, 50 anos

7 de janeiro de 1964

7jan14

“Para ser um bom ator você tem que ser um pouco criminoso, estar disposto a quebrar as regras para lutar por algo novo.” 

Ele nasceu Nicholas Kim Coppola, mas o desafio de vencer em Hollywood sem o famoso e pesado sobrenome fez com que virasse Nicolas Cage (assim, sem o “H”). A inspiração foi Luke Cage, herói de quadrinhos dos anos 1970, um dos primeiros personagens negros das HQs.

Duas pífias participações, ainda como Nicholas Coppola, o distanciaram do sonho de virar ator. Aos 19 anos, lá estava ele, vendendo pipoca no Fairfax Theater, em Los Angeles.

Mas não é que o sobrenome deu um empurrãozinho?

Um bico no filme do tio, ajudando os atores a decorarem o texto do roteiro, e ele acabou ganhando um papel no longa-metragem. “O Selvagem da Motocicleta”, de 1983, foi a estreia no cinema. No mesmo ano, também estrelou “Valley Girl” e iniciou, de vez, a carreira.

Hoje, mais de 30 anos depois, pode-se dizer que Nicolas Cage quebrou as regras para lutar por algo novo. E venceu.

Foram mais de 80 filmes, centenas de indicações, menções e prêmios. O mais expressivo, o Oscar de Melhor Ator em 1995, pela monumental interpretação do alcoólatra Ben Henderson em “Despedida em Las Vegas”.

O sobrinho de Francis Ford Coppola não tem medo de desafios. Muitas vezes, é criticado por encarar papéis ou personagens, digamos, diferentes, como em “Motoqueiro Fantasma”.

“Eu topo qualquer coisa que me leve à verdade de uma performance”, disse.

E é isso mesmo.

Pelo cinema, já comeu barata, tirou dente sem anestesia e gravou bêbado.

Por essas e outras, hoje é um dos atores mais bem pagos de Hollywood e ainda se dá ao prazer de produzir alguns de seus filmes, como “O Aprendiz de Feiticeiro”, dos estúdios Disney.

Na vida pessoal, fora o fato de ser sobrinho de Coppola (e de Talia Shire!), Cage teve infância difícil com a separação dos pais (o professor August Coppola e a coreógrafa Joy Vogelsang), mas o sonho de se tornar ator o ajudou a superar alguns traumas.

Foi casado com Lisa Marie Presley, a filha de Elvis, de quem é fã, e com a atriz Patricia Arquette. Hoje, está com Alice Kim, com quem teve Kal-el Coppola Cage. O outro filho, Weston Coppola Cage (nascido em 1990), é fruto de relacionamento fugaz com a atriz Kristina Fulton.

Para terminar, a opinião de quem entende de cinema, o crítico Roger Ebert. Em resenha sobre “Adaptação”, de 2002, Ebert escreveu:

“Frequentemente, há listas de grandes atores ainda vivos do cinema: De Niro, Nicholson e Pacino sempre são citados. Quando você lê o nome de Nicolas Cage? Ele sempre deveria estar na lista. É ousado e destemido na escolha de seus papéis, sem medo de escorregar, cair e levantar. Ninguém consegue ‘tremer’ por dentro como ele. Sempre parece tão compenetrado. Por mais improvável que seja seu personagem, ele não pisca para a plateia. É comprometido com o papel com cada átomo de seu corpo e interpreta como se fosse ele.”

Veja o trailer de “Despedida em Las Vegas”:

Fontes:

– IMDb

– Wikipedia

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