Morre o boxeador Héctor “Macho” Camacho

Há 1 ano… dia 24 de novembro de 2012.

24nov13

Quando eu era pequeno, no final dos anos 1980, começo dos 90, o boxe era o que é o MMA hoje. A “nobre arte” era tão nobre que tinha transmissão ao vivo na Globo, nas madrugadas de sábado para domingo. Muitas vezes, com Galvão Bueno na narração! Como disse, o negócio era nobre.

Vi muita luta de peso-pesado, como Mike Tyson, Evander Holyfield e George Foreman, já veterano e antes do grill!

Me lembro de outros monstros do ringue, de outras categorias, como o mexicano Julio César Chávez e o americano Oscar De La Hoya, o “Menino de Ouro”.

Mas o boxeador que mais chamava a atenção era Héctor “Macho” Camacho.

Extravagante, provocador, irreverente. Um showman.

Além de tudo, um grande lutador. Canhoto, tinha estilo agressivo e rápido, aliado a uma grande resistência no ringue.

Foi campeão mundial em nada mais nada menos que sete categorias diferentes, feito até hoje inalcançável. Em quase 30 anos de carreira, foram 88 lutas, com 79 vitórias (45 por nocaute), 3 empates e apenas 6 derrotas.

As vitórias mais expressivas do portorriquenho foram contra o panamenho Roberto “Mano de Piedra” Durán, em 1992, na categoria meio-médio. Camacho venceu as duas por pontos.

Também em 1992, teve a derrota mais sentida, para o até então imbatível campeão dos meio-médios Julio César Chávez, na época com cartel de 81-0.

A luta foi um evento grandioso em Las Vegas, com chancela de Don King e tudo, transmissão em pay per view e extensa cobertura da mídia. Como não poderia deixar de ser, Camacho foi um show à parte: entrou no ringue com as cores de Porto Rico, da cabeça aos pés. Fez uma grande luta, diante de um enorme campeão, e foi derrotado por pontos, em decisão unânime.

Sucumbiu, também, diante de Félix Trinidad, em 1994, e de Oscar De La Hoya, em 1997, ano em que literalmente aposentou outra lenda do boxe, Sugar Ray Leonard. Camacho nocauteou o americano, então com 41 anos, no quinto round, e pôs um ponto final definitivo à brilhante carreira de Leonard.

O exótico portorriquenho encerrou a carreira oficialmente em 2010, aos 48 anos, mas continuou em evidência, seja pelos problemas pessoais, que envolviam violência, drogas e álcool, seja por frequentes aparições na TV. Chegou a participar do programa ¡Mira Quien Baila!, uma versão do Dancing with the Stars (Dançando com as Estrelas), famoso reality show americano.

A infância pobre nas ruas de Nova York marcou para sempre a vida de Camacho. Chegou a ser preso em 2005, no Mississippi, pego em flagrante ao tentar roubar equipamentos eletrônicos de uma loja. Em 2011, foi atacado a tiros em uma tentativa de assalto em San Juan, capital de Porto Rico, mas sobreviveu.

Também foi acusado de agressões contra o filho e estava sendo julgado na época de sua morte.

Em 20 de novembro de 2012, Camacho levou um tiro na mandíbula quando passeava no carro do amigo Adrian Mojica Moreno em Bayamón, Porto Rico. Adrian morreu na hora e Camacho foi levado ao hospital San Pablo.

Quatro dias e duas paradas cardiorrespiratórias depois, Héctor Luís Camacho Matías faleceu. Depois de ter morte cerebral declarada, a mãe, Maria, pediu aos médicos que desligassem os aparelhos que o mantinham vivo.

Foi velado em San Juan e enterrado em Nova York, a pedido da mãe.

O filho, Hector Camacho Jr., seguiu a mesma carreira do pai nos ringues.

Mas essa história fica pra outro dia… Porque todo dia é histórico.

Veja a luta completa de Héctor “Macho” Camacho e Julio César Chávez:

Fontes:

– Wikipedia

– UOL Esporte

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