Há 50 anos… dia 15 de dezembro de 1967.
Um álbum-conceito, bem à moda da época. Porém, com toque de humor à The Who.
Terceiro trabalho de estúdio dos britânicos, The Who Sell Out apresenta 13 músicas intercaladas por falsos jingles comerciais. Bem, nem tão fake assim… Tanto que choveram processos de marcas e de produtoras de propagandas, todas ofendidas com as menções e referências jocosas de produtos e de peças publicitárias!
Alheios aos tribunais, fãs e críticos amaram. Tem gente que aponta o disco como o melhor da carreira da banda.
“Este álbum é fantástico, tem um requintado senso de humor (sons de lares humildes) e musicalidade consumada. A capa, claro, é incrivelmente engraçada: desodorante, creme de espinha, feijão e curso de Charles Atlas, cada retrato perfeitamente adequado ao personagem. É inglês até demais”, escreveu Jann Wenner, na Rolling Stone, em resenha de fevereiro de 1968.
Na Esquire, o lendário Robert Christgau sentenciou que o álbum estabelecia a banda como “a terceira melhor, não apenas na Grã-Bretanha, mas no mundo”. Ele cita “Tattoo” como a melhor música que Townshend já escreveu. “Valeu o preço do disco”, cravou.
Bem-humorado, requintado, pop, surpreendente. De fato, The Who Sell Out é tudo isso e mais um pouco. Carrega o espírito livre daquele emblemático 1967, mas tem frescor e modernidade revigorantes.
A este escriba, lembra, em alguns momentos, a estreia do Pink Floyd, do mesmo ano. Em especial as músicas mais poppy, como “The Gnome” e “Bike”.
Ouça os dois – Piper está aqui – e tire suas conclusões!
O sucessor de Sell Out seria o monumental álbum duplo Tommy, a ópera-rock concebida por Pete Townshend.
Mas a história desse fica pra outro dia… Porque todo dia é histórico.
Na foto: Townshend e o Onodoro, Daltrey e a banheira de feijão Heinz, Moon e um fictício remédio pra espinha (Medac) e Entwistle como Charles Atlas. Clica nos links pra saber mais sobre a produção artística da capa!
The Who Sell Out:
Fontes e +MAIS:
efemérides do éfemello 