Há 55 anos… dia 24 de outubro de 1962.
Talvez o maior álbum ao vivo já gravado. Da evolução sem fôlego da introdução pelos primeiros sucessos pegajosos, como “Try Me” e “Think”, até os 11 minutos da balada bruta “Lost Someone”, que atinge o clímax com uma mistura frenética de nove músicas e que termina com “Night Train”, Live at the Apollo é soul puro e sem cortes. E quase não aconteceu. James Brown desafiou a resistência do chefão Syd Nathan, da King Records, fazendo e organizando ele mesmo um álbum ao vivo – no dia 24 de outubro de 1962, a última data disponível no histórico Apollo Theater, no Harlem. Sua intuição mostrou-se correta: Live at the Apollo – o primeiro dos quatro álbuns que Brown gravou lá – ficou nas paradas por 66 semanas.
Eis o texto da famosa lista “500 Maiores Álbuns de Todos os Tempos”, da Rolling Stone. Mais do que as palavras, o que realmente chama a atenção é a posição de Live at the Apollo: 25ª.
Sim, senhoras e senhores, vigésimo quinto da História.
Por isso ele é o Godfather of the Soul.
Se você acha colocação e texto exagerados, escute o disco. Vai dar pra entender a unânime aclamação da crítica acerca da catarse daquela noite de 24 de outubro de 1962. E os gritos histéricos vindos da plateia!
“Um registro assombroso de James e the Flames, ‘tearing the roof off the sucker’ na meca dos teatros do R&B, o Apollo de Nova York”, escreve Rob Bowman, no allmusic.com.
“Are you ready for Star Time?”, eu te pergunto, ecoando MC Lucas “Fats” Gonder, que apresentou James Brown aos 1.500 presentes no mítico Apollo.
E aí, tá pronto?
O Rei do Soul faria outros registros imortais naquele terreno sagrado no Harlem. Nada, porém, como o show de 1962.
Clica nos links pra ler mais sobre aquela noitada!
O show:
Fontes e +MAIS: