Há 25 anos… dia 15 de outubro de 1992.
“Hoje era o meu dia. Todas as bolas sobravam para mim.”
Sim, realmente era dia dele. Dia, não. Noite!
Em 15 de outubro de 1992, Raí entrou para a seleta patota de jogadores do São Paulo com 5 gols em uma só partida. Um clube de apenas três associados até então: Waldemar de Brito, Luizinho e Araken Patusca.
A vítima foi o Noroeste de Bauru. O palco, um vazio Morumbi, com 5.983 presentes.
O camisa 10 abriu a exibição de gala com um gol de estilo e fúria, aos 11 minutos. Palhinha lançou do meio-campo, Raí usou o peito para projetar a bola à sua frente, dentro da área, e fuzilar o goleiro Sílvio Roberto.
O segundo aconteceu aos 23. Raí tocou com classe cruzamento perfeito de Müller, da esquerda. Um pouco depois, o meia testou bola na trave em escanteio de Catê.
O gol de cabeça aconteceria na etapa final, aos 17. Catê centrou entre os zagueiros e Raí fulminou, em sua especialidade. São Paulo 3, Noroeste 0.
Aos 31, o quarto, novamente em jogada de Müller, pela esquerda. O capitão do tricolor recebeu dentro da área e tocou na saída do pobre arqueiro do Norusca.
Cinco minutos mais tarde, Raí mostrou magnanimidade e nobreza de um verdadeiro craque. Ofereceu a bola para Müller cobrar o pênalti que ele sofrera. O camisa 7 não perdoou e fez o quinto da goleada.
O melhor da noite ainda estava por vir.
Em lance de percepção, frieza e precisão, Raí anotou o famoso “gol que Pelé não fez”! Notou Sílvio Roberto adiantado e, do meio-campo, desferiu golpe seco na pelota. Uma parábola retilínea e fugaz rumo às redes do Noroeste.
Golaço para fechar a exibição de gala do Terror do Morumbi.
Noite histórica.
Cinco anos mais tarde, Dodô não só se juntaria ao grupo dos artilheiros de 5 gols, mas faria melhor, em dobro, contra Cruzeiro e União São João, pelo Campeonato Brasileiro. Em 2003, seria a vez de Luís Fabiano pegar sua carteirinha de associado, ao fazer a quina contra o São Raimundo.
Mas essas histórias ficam pra outro dia… Porque todo dia é histórico.
Melhores momentos e gols:
Fontes e +MAIS:
– Almanaque do São Paulo, de Alexandre da Costa