Há 25 anos… dia 13 de setembro de 1987.
“É sempre a primeira partida que me vem à mente”.
Não, a frase não é do vencedor, mas de quem deixou a glória escorrer por entre os dedos.
A final masculina do US Open de 1992 marcou para sempre a carreira das duas lendas presentes na quadra central do complexo de Flushing Meadows, em Nova York.
Para Stefan Edberg, a última consagração, o sexto e derradeiro Grand Slam e uma espécie de resposta a quem pensava que ele já não era mais o mesmo.
Para Pete Sampras, um divisor de águas, um jogo que mudou para sempre sua força mental, um grande chacoalhão na ainda iniciante carreira.
Com a palavra, o próprio, em trecho da autobiografia A Champion’s Mind:
“Todos os hesitantes que restavam foram convencidos pela forma épica com que Edberg passou a defender o título do US Open em Flushing Meadows em 1992. Em suas últimas três partidas antes da final, ele sofreu quebras no quinto e último sets contra adversários de alta qualidade: Richard Krajicek , Ivan Lendl e Michael Chang.
A semi contra Michael continua a ser um dos grandes jogos de todos os tempos, em termos de entrega, se não também de qualidade do jogo.
Esguio e alto, Edberg se movia muito em quadra. Ele sobrevivia por seu fantástico saque, seguido da ida até a rede, onde poderia usar seu soberbo voleio para cortar todos os mais afiados golpes. O plano de jogo de Stefan era direto: chegar à rede.
Eu comecei muito forte e ganhei o primeiro set. Mas foi uma luta terrível a partir daí. O ‘novo’ Stefan Edberg estava em exibição completa. Ele estava cheio de emoção, fechando os punhos, gritando, fazendo tudo para mostrar que tinha fogo em seu coração. Ele ganhou o segundo set.
Na conjuntura crítica da partida – um terceiro set com tie-break -, eu cometi uma dupla falta injustificada para dar a Edberg uma vantagem de 6-4 e um duplo set point. Stefan capitalizou para tomar a frente com dois sets a um, e então eu descartei o primeiro game do quarto set. Em um piscar de olhos, estava 3-0 Edberg. Me deixei levar: eu simplesmente abandonei o jogo”.
Edberg fecharia a última parcial em 6-2. No ano seguinte, o sueco chegaria à sua última decisão de Grand Slam, na Austrália.
Já Pete Sampras iniciaria uma série de conquistas de majors, levando as taças em Wimbledon e… nos Estados Unidos (um inapelável 3 a 0 sobre o francês Cédric Pioline).
Mas essas histórias ficam pra outro dia… Porque todo dia é histórico.
Melhores momentos da final:
O jogo, na íntegra:
Fontes e +MAIS:
– espn.com