Há 30 anos… dia 9 de agosto de 1987.
“Maguila obtinha sua vitória mais importante em 17 anos de boxe profissional e colocava seu nome na lista dos maiores ídolos do esporte brasileiro em todos os tempos.
Eu fui para casa a pé. Cheguei suado e todo dolorido. Mas valeu a pena.
Obrigado, Maguila.”
O bonito relato assinado pela enciclopédia do boxe Wilson Baldini Jr. faz justiça a um grande da nobre arte do Brasil.
Um gigante. Um lutador, dentro e fora dos ringues. Um guerreiro que hoje encara o combate mais difícil, a contenda pela vida, o duelo pela existência.
Adilson Rodrigues, o Maguila. O fantástico Maguila. Tantas vezes ridicularizado, quase sempre esquecido. Um dos grandes do esporte brasileiro. E ponto.
E se o Brasil por vezes menospreza e olvida, há pessoas como Baldini para manter viva a biografia do pugilista de Aracaju.
Trinta anos atrás, lá estava o jornalista, testemunhando o mais grandioso triunfo da trajetória de Maguila no boxe. A mais célebre de suas 77 vitórias.
Uma glória que fez o Ginásio do Ibirapuera se transformar em “grito único como se fosse um gol no Pacaembu”, relembra Baldini.
Na noite de 9 de agosto de 1987, Maguila venceu o americano James “Quebra-Ossos” Smith por pontos e atingiu o auge de sua carreira dentro dos ringues. Decisão apertada, com dois dos três jurados – todos brasileiros – apontando vitória do sergipano.
“Bati mais que apanhei”, garantia o simpático boxeador, abraçado com a mãe, Jovenilda.
O sonho, a partir de então, era disputar o título mundial, o cinturão dos pesados. Quem sabe, encarar Mike Tyson.
Nunca aconteceu.
Mas essa história fica pra outro dia… Porque todo dia é histórico.
Nota: este post é um singelo tributo a um ídolo de infância. Ainda tenho na memória as “lutas” em casa contra o irmão mais velho. Com luvas pretas Everlast, imitava Maguila. Boas lembranças. Obrigado, campeão!
Reportagem sobre a luta:
Fontes e +MAIS: