“Sgt Pepper, para mim, é um bom álbum, um ótimo álbum, e eu aprendi a jogar xadrez”.
Ele brinca e tira sarro de si mesmo (uma qualidade enorme, diga-se).
No íntimo, se conhecia muito bem e sabia de sua competência, além da “função” que tinha internamente: a de arejar o ambiente quando necessário. Com carisma e bom humor quase inabaláveis, duas de suas grandes virtudes como ser humano, foi fundamental na manutenção da química coletiva da banda.
Ringo é um grande cara. Nos Beatles, foi um instrumentista imenso. Só quem dispensa ouvidos e coração para não sentir e perceber esta óbvia e ululante verdade.
Em Sgt. Pepper’s, à parte o passatempo de olho no tabuleiro, o costumeiro brilho – paradoxalmente gigante e discreto – reluziu ainda mais forte. Basta ouvir “A Day in the Life”. Mais nada.
Ademais a excelência no habitat natural, Ringo se destaca como frontman.
The one and only Billy Shears!
Toda vez que ouço “With a Little Help from My Friends”, sinto imensa alegria por uma letra tão forte e singela sobre amizade ter sido eternizada na voz de Ringo. Poucas coisas no mundo são tão compatíveis, tão nascidas um para o outro, predestinadas. É maravilhoso.
O curioso é que ele, de fato, precisou de uma boa ajudinha dos amigos para gravar a canção.
Mas a gente conta isso quando for falar sobre a faixa 2 de Sgt. Pepper’s, daqui alguns dias.
Fica com a gente.
Até!
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Documentário “The Making of Sgt. Pepper”, de 1992:
Fontes e +MAIS:
– As letras dos Beatles – A história por trás das canções, de Hunter Davies
Muito bom saber do Ringo nos The Beatles.