Há 45 anos… dia 14 de abril de 1972.
A solidão do Espaço. A saudade da Terra.
Três anos depois de David Bowie e seu Major Tom de “Space Oddity”, Bernie Taupin e Elton John deram voz para o “Rocket Man” expressar ainda mais profundamente o sentimento “lá de cima”.
“I miss the earth so much
I miss my wife
It’s lonely out in space
On such a timeless flight”
Poesia pura em forma de pop rock.
Uma letra extraordinariamente sensível encapsulada em melodia penetrante do inconfundível piano de Elton John, ancorada nos efeitos slide da guitarra de Davey Johnstone e no sintetizador de David Hentschel. Sem esquecer do baixo minimalista de Dee Murray, da discreta e competente bateria de Nigel Olsson e dos oníricos backing vocals de todos eles.
Pra chorar.
Ou perder o chão, como aconteceu com um crítico da revista Disc à época do lançamento do compacto:
“Esta é, de longe, a melhor coisa que Elton John já fez – é muito bom… Esta banda é ótima, a música é ótima, as letras de Bernie Taupin são ótimas e se Honky Chateau for assim, você terá de escutá-lo em pequenas doses ou enlouquecerá. Depois de duas audições, eu estava tão ocupado cantando sozinho que não consegui me organizar para tomar notas sobre a estrutura da canção”.
Pois é. Quarenta e cinco anos depois, este escriba sente o mesmo. Que absurdo de música, meu Deus!
Eu ia escrever sobre o produtor Gus Dudgeon, o mesmo de “Space Oddity”, sobre a inspiração da letra de Taupin – o conto “The Rocket Man”, do livro The Illustrated Man, de Ray Bradbury -, ou ainda sobre o sucesso do compacto, que chegou ao 2º lugar no Reino Unido, ao 6º nos EUA.
Não há o que escrever.
Pegue o fone, ponha no máximo e vá ao Espaço fazer uma companhia ao pobre astronauta.
Elton John lançaria Honky Chateau em 19 de maio daquele 1972.
Mas sobre ele a gente fala outro dia… Porque todo dia é histórico.
P.S.: And I think it’s gonna be a long, long, time…
“Rocket Man”, em clipe:
Fontes e +MAIS:
efemérides do éfemello 