Hungria vence a URSS no “Jogo do Sangue na Água” do polo aquático

Há 60 anos… dia 6 de dezembro de 1956.

Hungria vence a URSS no "Jogo do Sangue na Água" do polo aquático

De 23 de outubro a 10 de novembro, a Revolução Húngara tomara o país de Ferenc Puskás e Bela Bartók. Milhares saíram às ruas contra as políticas da União Soviética de Nikita Khrushchev. Ao final, a revolta foi completamente esmagada pelas forças soviéticas e pelo governo comunista local. Mais de 2 mil húngaros perderam as vidas.

Corte para o dia 6 de dezembro.

Olimpíada de Melbourne, Austrália.

Semifinal do torneio masculino de polo aquático.

De um lado, a Hungria, atual campeã.

Do outro, a União Soviética, apenas a 7ª colocada em sua estreia em Jogos, quatro anos antes, em Helsinque.

Tal qual Argentina x Inglaterra na Copa do Mundo de 1986, quando a Guerra das Malvinas entrou em campo, a Revolução Húngara entrou na piscina naquele Hungria x URSS.

Resultado: a maior batalha da História do polo aquático, em encontro que ficaria conhecido como “Blood in the Water match” – “O jogo do Sangue na Água”, em bom português.

Mas por que do nome?

“Ouvi um apito, olhei para o árbitro e disse ‘Por que o apito?’ E no momento em que fiz isso, sabia que tinha cometido um erro terrível. Eu me virei para trás e, com o braço firme, ele simplesmente me socou na cara. Ele tentou dar outro soco. Vi cerca de 4 mil estrelas. Toquei meu rosto e senti sangue quente derramando. E imediatamente disse: ‘Oh, meu Deus, eu não vou ser capaz de jogar o próximo jogo’”.

Ervin Zádor foi a maior vítima da contenda de seis décadas atrás. Acima, o relato do golpe desferido por Valentin Prokopov, que motivou a famigerada alcunha para aquela semifinal. E na foto, o resultado!

Socos, pontapés, arranhões, sangue, suor, lágrimas.

Cinquenta anos depois, o documentário Freedom’s Fury aproveitou a efeméride para relembrar tanto a Revolução Húngara quanto o sangrento duelo. “A melhor história jamais contada”, disse Quantin Tarantino.

Mas a história sobre o doc fica pra outro dia… Porque todo dia é histórico.

Em tempo: a exemplo da Argentina de Maradona, a Hungria de Zádor venceu por 4 a 0 e “vingou”, na água, a derrota nas ruas. Depois, a seleção magiar conquistaria o ouro em cima da também comunista Iugoslávia (do Marechal Tito). Leia mais sobre “O jogo do Sangue na Água” nos ótimos links abaixo!

Imagens do jogo:

Trailer do documentário “Freedom’s Fury”:

Fontes e +MAIS:

– Wikipedia

– Wikipédia

– nbcolympics.com

– bbc.com

– edition.cnn.com

– smithsonianmag.com

– globoesporte.globo.com

– espn.uol.com.br

– veja.abril.com.br

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