Há 10 anos… dia 26 de setembro de 2006.
(É o “Mario Bros” da Rio-2016!)…
“Shinzo Abe, popular político nacionalista que defende papel mais atuante do Japão no mundo, se tornou ontem o novo premiê do país, e nomeou um gabinete repleto de conservadores nas áreas social e de política externa. Abe, 52 anos, curvou-se longamente diante dos deputados ao ser aprovado por 339 dos 476 deputados da câmara baixa do Parlamento.”
Uma década atrás, o Japão elegeu o seu mais jovem líder depois da Segunda Guerra Mundial. Candidato da coalizão capitaneada pelo Partido Liberal Democrata (PLD), Shinzo Abe teve a benção do então primeiro-ministro Junichiro Koizumi para superar os adversários.
Como conta o texto de abertura – de Martin Fackler, do New York Times, publicado na Folha de 27 de setembro -, Abe teve 339 votos na Câmara contra 115 de Ichiro Ozawa, principal rival e líder da oposição representada pelo Partido Democrático do Japão (PDJ).
Mesmo sem a necessidade de pleito, por causa de regra da Constituição japonesa, o Senado ratificou a vitória, com 136 dos 240 votos para Abe. Ozawa teve 85 e o restante se dividiu entre outros três candidatos de partidos menores.
Em perfil também na Folha, Abe foi descrito como um político bem conservador, um homem “falante, vaidoso e de ar juvenil”, segundo o jornal. Nas primeiras medidas, indicativo de um caminho austero: o eleito cortou o próprio salário em 30% e dos ministros em 10%.
“Ele defende uma aliança ainda mais profunda com os EUA, a revisão da Constituição pacifista do país, participação militar em missões no exterior e o ensino de valores patrióticos nas escolas”, continua o texto da publicação dos Frias, que ainda recordou a tradição política da família de Abe.
Nobusuke Kishi, o avô, foi primeiro-ministro de 1957 a 1960, enquanto o pai, Shintaro Abe, ocupou o cargo de ministro de Relações Exteriores.
Apesar de tudo isso, Shinzo Abe durou apenas 1 ano no poder.
Em 26 de setembro de 2007, renunciaria ao cargo por motivos de saúde, mas também por causa de casos de corrupção de ministros e membros do governo, por inúmeras decisões equivocadas na política interna e externa, além de uma série de outras más escolhas.
Abe retornaria ao posto de primeiro-ministro em 2012.
Mas essa história fica pra outro dia… Porque todo dia é histórico.
Shinzo Abe vira Mario na cerimônia de encerramento da Rio-2016:
Fontes e +MAIS:
– bbc.com