Há 25 anos… dia 24 de setembro de 1991.
POR LUIZ RAATZ*
É difícil explicar uma sensação. Você pode usar conceitos, exemplos, teorias e mesmo assim não é garantido que seu interlocutor entenderá exatamente o que você quer dizer. A música, acredito, talvez seja a melhor maneira de tentar mostrar o que isso quer dizer.
Eu lembro o momento exato em que me senti verdadeiramente livre pela primeira vez. São precisamente os últimos segundos da introdução de “Smells Like Teen Spirit”, quando a batida da bateria de Dave Grohl entra na música.
O Nevermind, hoje, completa 25 anos. É chover no molhado dizer um monte de coisa que as pessoas já sabem. Que o disco rompeu o monopólio do mainstream e trouxe o alternativo ao topo das paradas, ou que Kurt Cobain, na verdade, compôs um disco eminentemente pop, com melodias na medida certa para vender milhões mundo afora. Ou que foi o melhor álbum dos anos 1990, ou o disco que definiu uma geração.
Música é subjetivo demais. Cada fã ou cada hater lembrarão de como cada canção o afeta. Em mais de uma maneira esse disco definiu a minha vida e a de muita gente da minha geração.
Nevermind é um disco humano. Se nos momentos em que nos sentimos livres ouvimos “Smells Like Teen Spirit”, quando estamos tristes recorremos a “Something in The Way”. Expressamos raiva com “Stay Way”, lembramos dos amigos com “Lithium” e de amores com “Come As You Are”.
* Luiz Raatz, 34 anos, é repórter de Internacional do Estadão e fã do Nirvana desde 1993.
Nevermind:
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