Rádio Nacional entra no ar no Rio de Janeiro

Há 80 anos… dia 12 de setembro de 1936.

Rádio Nacional entra no ar no Rio de Janeiro

”Alô, alô Brasil! Aqui fala a Rádio Nacional do Rio de Janeiro”.

Oito décadas… E como o Brasil era diferente!

Um País rural, ainda em tímido princípio de industrialização sob as rédeas de Getúlio Vargas e seu Estado Novo.

Para rivalizar com as rádios Jornal do Brasil, do conde Ernesto Pereira Carneiro, e Tupi, do magnata das comunicações Assis Chateaubriand, surge a Rádio Nacional, empreendimento do jornal A Noite.

“INAUGURA-SE HOJE A MAIOR ESTAÇÃO RADIO-DIFFUSORA DO PAIZ”, estampou o vespertino, na edição de 12 de setembro de 1936 – foto acima. Às 21 horas, o locutor Celso Guimarães soltou a potente voz para oficialmente abrir as transmissões da Nacional, com as palavras que abrem este post.

Em pouquíssimo tempo, a emissora se tornou a maior do Brasil, lançando talentos da música em programas de auditório, atores, atrizes, humoristas, dramaturgos e centenas de profissionais.

Nomes como Almirante, Carmen Miranda, Emilinha Borba, Ângela Maria, Cauby Peixoto, Francisco Alves, Marlene, Emilinha Borba, Ary Barroso, Nelson Gonçalves, e tantos outros, passaram pelas ondas da PRE-8.

No ápice da Era do Rádio, nas décadas de 1940 e 1950, a Nacional chegou a ter quase 700 funcionários! Havia uma orquestra permanente com 60 músicos e dois maestros: Lírio Panicalli se encarregava dos programas românticos e Léo Peracchi era responsável pelos sinfônicos.

Foi a Nacional que criou a radionovela, com altíssimos índices de audiência, principalmente entre as mulheres. “O Direito de Nascer”, nos anos 1950, é até hoje relembrada. Sem esquecer do “Repórter Esso”, lançado em 1941, além dos humorísticos ”PRK-30” e ”Balança mas não cai”, com a dupla Paulo Gracindo e Brandão Filho, como o Primo Rico e o Primo Pobre, respectivamente.

O declínio começou na década de 1960, quando a TV passou a ganhar os lares de um Brasil cada vez mais integrado. Com o Golpe de 1964, os militares assumiram o controle da Nacional, que, bom lembrar, já era estatizada desde março de 1940, ainda na Era Vargas.

A Rádio Nacional foi engolida pela Eletrobrás na década seguinte e passou a ser parte da rede de comunicação pública do Estado. Hoje, pertence a Empresa Brasil de Comunicação (EBC), órgão do Governo Federal que administra emissoras de rádio e TV educativas do País.

Apesar de viva, a Rádio Nacional é apenas uma lembrança sonora de um tempo que não volta mais. De um Brasil romântico e nostálgico.

Programa da TV Brasil sobre a Rádio Nacional:

Trailer de “Rádio Nacional – O filme”:

Fontes e +MAIS:

– Wikipédia

– radioagencianacional.ebc.com.br

– acervo.oglobo.globo.com

– istoe.com.br

– agenciabr.com.br

– radios.ebc.com.br

– blogdabn.wordpress.com

– brasil.estadao.com.br

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