Há 105 anos… dia 24 de julho de 1911.
“Foi de tirar o fôlego”.
Assim descreveu, posteriormente, Hiram Bingham, sobre a sensação de ter avistado as ruínas de Machu Picchu, 105 anos atrás.
Hoje, seu nome é relembrado em todo canto, do parque visitado por milhões de turistas até em placas na cidade de Cusco, ex-centro administrativo e cultural do Império Inca.
Justo. Não fosse pelo arqueólogo, historiador e explorador americano e talvez o mundo não conhecesse a majestosa, imponente e belíssima cidade encravada nos Andes peruanos.
Bingham estava em busca de outra coisa, é verdade. A expedição que revelou Machu Picchu tinha outro objetivo, também ligado aos incas: descobrir a misteriosa e mística Vilcabamba.
Conta a lenda que, entre 1536 e 1572, Vilcabamba teria sido um polo de resistência dos descendentes dos incas contra os invasores espanhóis, que já tinham dominado o Império.
Em julho de 1911, Bingham partiu dos Estados Unidos para liderar exploração e encontrar Vilcabamba. Saindo de Cusco em mulas, o time iniciou a jornada em direção ao Vale do Rio Urubamba.
Após alguns dias de escavações e muitas conversas com os habitantes da região, Bingham e equipe ficaram sabendo, por um morador local, de ruínas no topo de uma montanha. O nativo a chamava Machu Picchu – “Montanha Velha” em quéchua, a língua até hoje falada por descendentes incas no Peru.
No dia seguinte, 24 de julho de 1911, o arqueólogo e seus companheiros saíram em busca do que pensavam ser Vilcabamba. Com clima muito frio, escalaram as montanhas para avistarem as tais ruínas.
Então, a revelação: no topo da velha montanha, abaixo da densa vegetação nativa, uma grande cidade, quase intacta!
Nos meses seguintes, além de clarear a floresta para revelar as incríveis construç
ões, Bingham fez inúmeros registros fotográficos – a foto do post é de 1912, data da segunda expedição do americano por lá.Ele retornaria a Machu Picchu em duas novas empreitadas – 1914 e 1915 – para exploração e escavação. Mas nem Bingham nem outros historiadores e arqueólogos conseguiram desvendar o motivo da construção da cidade. Alguns acreditam ter sido um local para cerimônias espirituais ou até um posto militar.
O mistério permanece.
Hiram Bingham encontraria Vilcabamba no futuro, além de outras importantes ruínas do Império Inca espalhadas pelo Peru. Será sempre lembrado, no entanto, por causa de Machu Picchu.
Ele morreria em 1956, aos 80 anos.
Mas essa história fica pra outro dia… Porque todo dia é histórico.
Hiram Bingham retorna a Macchu Picchu:
Documentário da NatGeo:
Fontes e +MAIS: