Há 50 anos… dia 10 de junho de 1966.
São Francisco, Califórnia, 10 de junho de 1966.
A banda de rock psicodélico Big Brother and the Holding Company sobe ao palco do já mítico Avalon Ballroom – hoje The Avalon. Sam Andrew e James Gurley nas guitarras, Peter Albin no baixo, David Getz na bateria.
Nos vocais, uma texana de Port Arthur, de voz bluesy e postura ainda tímida e pouco à vontade. Completamente natural e compreensível para uma (quase) estreante nos palcos, que tinha somente algumas performances ao vivo no currículo (em lugares pequenos, à época da Universidade do Texas, em Austin), além de poucas gravações de estúdio.
Seis dias depois de retornar para a São Francisco que ela já conhecia, Janis Lyn Joplin experimentava a sensação real do palco pela primeira vez. Uma emoção completamente diferente do que já vivera.
“Eu cantava um blues à Bessie Smith… Não sabia como cantar aquilo, nunca tinha me apresentado com guitarra, com bateria, só sabia cantar com violão. Eu simplesmente explodi. Antes, eu só cantava. Mas você não pode fazer isso em frente a uma banda de rock, com todo aquele ritmo e volume. É preciso cantar alto e selvagem com tudo que está atrás de você”, diz, no livro Blues Music in the Sixties: A Story in Black and White, de Ulrich Adelt.
Naquele 10 de junho, Janis Joplin apresentou “Turtle Blues”, “Bye Bye Baby” e alguns hits do folk, como “Blindman”, e também “I Know You Rider”, um blues tradicional.
Nascia um mito do blues e do rock. Um mito da música.
Pouco depois, em julho, ela e a Big Brother and the Holding Company fizeram show em outro local emblemático da San Francisco dos anos 1960, o Fillmore Auditorium. E em junho de 1967, o mundo a conheceria de vez no Festival de Monterey.
Mas essa história fica pra outro dia… Porque todo dia é histórico.
“Bye Bye Baby”, em show de julho de 1966:
Fontes e +MAIS:
– pbs.org
efemérides do éfemello 