Há 50 anos… dia 28 de abril de 1966.
Tony Gilbert, Sidney Sax, John Sharpe e Juergen Hess.
Stephen Shingles e John Underwood.
Derek Simpson e Norman Jones.
Quatro violinos, duas violas, dois violoncelos.
Há exatas cinco décadas, o octeto acima entrou no estúdio 2 em Abbey Road e gravou a linda melodia de cordas da canção que clama por um olhar sobre os seres humanos solitários deste vasto mundo.
Em um texto sobre o hino da solidão, do esquecimento e do anonimato, façamos justa homenagem aos músicos que transformaram a inesquecível “Eleanor Rigby” em uma das mais lindas peças sonoras de todos os tempos.
Na regência, Sir George Martin. O gênio George Martin. O “bruxo” George Martin!
Com os microfones posicionados bem próximos aos instrumentos, o engenheiro de som Geoff Emerick captou a essência vital da música. “Os músicos ficaram horrorizados”, conta, no livro “The Complete Beatles Recording Sessions”, de Mark Lewisohn.
Foram 14 takes no total. O último foi o melhor e ficou.
No dia 29, Paul gravou os vocais principais e os de harmonia, com John e George.
Em 6 de junho, “Eleanor Rigby” foi mixada e finalizada.
Uma extraordinária composição de Paul, com pitadas fundamentais dos outros três.
George foi o responsável pelo gancho “Ah, look at all the lonely people”. Ringo, pelo lindo e triste verso “writing the words of a sermon that no one will hear”. E pela “imagem de quadro de Edward Hopper“: a do Father Mackenzie remendando suas meias, à noite! Brilhante.
“Eleanor Rigby” é a terceira música dos Beatles mais regravada em todos os tempos, atrás de “Yesterday” e “Something”.
Em 5 de agosto, o compacto com duplo lado A (“Yellow Submarine” é a outra) foi lançado no Reino Unido. Mesmo dia de “nascimento” do excepcional Revolver.
Mas essa história fica pra outro dia… Porque todo dia é histórico.
P.S.: A imagem do post não é daquele 28 de abril, claro, mas de algum outro dia de gravação de Revolver. Não deixa de mostrar os dois “criadores” de “Eleanor Rigby”.
P.S.2: Para saber mais sobre a história, os detalhes da letra e as lendas de “Eleanor Rigby”, clique nos links abaixo!
A versão instrumental, do Anthology:
Fontes e +MAIS: