Há 30 anos… dia 19 de fevereiro de 1986.
A Guerra Fria já estava nos capítulos finais, mas resistia. A época era de aproximação, mas com certa cautela.
No comando da União Soviética, Mikhail Gorbachev e suas políticas de glasnost e perestroika. À frente dos Estados Unidos, Ronald Reagan, que engrossara o discurso contra os soviéticos no primeiro mandato, mas já iniciava movimento de reconciliação no termo final. Em 1987, ele pediria ao “camarada” Gorbachev para “derrubar este muro”, em encontro histórico em Berlim.
Neste contexto, a Corrida Espacial era coisa do passado, um álbum velho com fotos de Sputnik, Explorer, Vostok, Apollo, Gagarin, Armstrong, Laika… A missão conjunta Apollo-Soyuz, de 1975, fora o ponto final de uma disputa cabeça a cabeça pela exploração dos mistérios do Universo.
Assim, mais do que uma “vitória vermelha”, o lançamento da estação espacial Mir, há exatos 30 anos, representou um triunfo do homem. Não à toa, a missão foi batizada com essa palavra – “mir” significa “paz” em russo!
Foram várias as façanhas alcançadas, algumas imbatíveis até hoje, como o tempo de permanência em órbita com a presença humana: 3.644 dias. Coube a Valeri Polyakov o recorde de duração de um voo espacial humano. Ele permaneceu 437 dias e 18 horas dentro da estação, entre os anos de 1994 e 1995, quando o programa já estava em mãos russas.
Outro aspecto notável foi a participação de astronautas de diversos países nas missões da Mir. Americanos, japoneses e europeus foram tripulantes da estação ao longo dos 15 anos de operação.
A Mir foi, digamos, substituída em novembro de 1998, quando a parceria entre Estados Unidos, Rússia, Canadá e Japão – além da agência espacial da União Europeia – possibilitou o lançamento da Estação Espacial Internacional (EEI).
Mas essa história fica pra outro dia… Porque todo dia é histórico.
Momento do lançamento da Mir:
Fontes e +MAIS: